Ex-jogador do Botafogo e comentarista do Grupo Globo, Caio Ribeiro tratou a saída de Enderson Moreira com naturalidade. Apesar dos ótimos números, o treinador foi demitido do Botafogo num processo de reformulação no departamento de futebol conduzido por John Textor, novo dono do clube. Para Caio, Enderson não deve demorar a encontrar emprego.
– É um dos poucos casos no futebol brasileiro que um treinador sai melhor do que quando ele chega. A palavra que resume a passagem do Enderson e que vai ficar para todo o torcedor botafoguense é “gratidão”. Ele pegou um time sem grandes pretensões de subir, com problemas financeiros, quase na metade do campeonato, e não só conseguiu o acesso, como o título da Série B. O Enderson tem mercado, não foi demitido por causa de desempenho ou de resultados. Acho que vai ter boas propostas pela frente – afirmou Caio, durante o “Tá na Área”, do SporTV.
Para o lugar de Enderson, o português Luís Castro, técnico do Al-Duhail, do Qatar, é o mais cotado e já teria negociações avançadas. Caio Ribeiro confessou não conhecer muito o trabalho do novo alvo do Botafogo.
– Conheço pouco o Luís Castro, conheço mais a história, os lugares pelos quais ele passou, principalmente esse alinhamento de ideias que nesse momento de uma nova gestão seja talvez muito mais próximo do que o John Textor pensa do que o Enderson – disse.
Em sua análise, Caio Ribeiro mostrou-se esperançoso com a chegada de John Textor e o novo modelo adotado pelo Botafogo e citou o caso do São Paulo para defender as SAFs.
– Acho que o que mais essa nova gestão pode ajudar é no profissionalismo de seus departamentos. O São Paulo acabou de perder na Justiça uma ação de um empresário André Cury de R$ 25 milhões. O que significa isso? Má gestão, e quem paga a conta é quem está lá agora. Quando o clube vira SAF e tem um dono, você consegue trabalhar de médio a longo prazo, renegociar dívidas… Tem um modelo de gestão para tornar o departamento de futebol uma coisa saudável e é isso que se espera de Botafogo e Cruzeiro – encerrou.