O comentarista Caio Ribeiro fez uma análise em tom de desabafo sobre o momento do Botafogo no programa “Boleiragem”, do SporTV, na noite desta segunda-feira (6/11), poucas horas após a derrota do time para o Vasco em São Januário, pela 32ª rodada do Brasileirão-2023. Para o ex-atacante, o Glorioso vive um problema emocional que tem a ver com o excesso de “vitimismo”.
– O Botafogo, para mim, não é mais o favorito. Emocionalmente, é um time que não está sabendo lidar com esse tipo de pressão, algo que o Palmeiras faz melhor do que ninguém. Dos últimos 12 pontos, só ganhou um. Aí entra nesse discurso de contra tudo e contra todos, arbitragem, CBF… Mas, cara, joga o jogo! Algumas reclamações são pertinentes, claro, mas todo time tem reclamação, todo mundo tem um ou dois lances para se queixar. Quando se agarra a esse discurso e uma coisa sai da linha, você não tem força para reagir – disse Caio.
– Está faltando esse equilíbrio emocional, esse discurso de vitimismo não cabe mais. É o Botafogo, estamos falando de um time gigante. Foi meu último time profissional. Cara, vocês estão na briga, fizeram um jogo de altíssimo nível contra o Palmeiras, ainda são os líderes, mas tem que virar a chave! Tem que mostrar que é grande nessas horas, não é na hora em que você tem 12 pontos de vantagem – continuou.
Caio Ribeiro ainda criticou Tiquinho Soares por ter tomado o terceiro cartão amarelo, em uma falta sem necessidade. Com isso, ele será desfalque no jogo contra o Grêmio, quinta-feira.
– O que está faltando é a responsabilidade de um jogador como o Tiquinho chamar. Não vou nem falar do pênalti perdido (contra o Palmeiras), poderia ter sido o gol do título, mas faz parte. Mas, pela importância que você tem, tomar um cartão amarelo para ficar fora de um confronto direto contra o Grêmio, num lance completamente desnecessário que poderia ter sido evitado… – criticou Caio, que falou sobre a derrota no clássico:
– Hoje vi 15 minutos do Botafogo de altíssimo nível, o Júnior Santos saiu cara a cara, pressionando, o Vasco não conseguia reter a bola, o Botafogo em cima, muito parecido com o que foi contra o Palmeiras. Aí toma o gol e o time morre. O Vasco compete, fecha espaço, e o Botafogo não tem força mental para sair dessa armadilha.