Novamente prejudicado pela arbitragem no Campeonato Brasileiro-2024 (com a não expulso de Filipe Augusto por entrada forte no tornozelo de Gregore) na vitória por 2 a 1 sobre o Cuiabá, o Botafogo nem sequer pode reclamar. No programa “Linha de Passe“, da ESPN, o comentarista Paulo Calçade questionou a postagem de John Textor.
– Importante que ele admite que houve o empurrão, a falta dentro da área, o que é pênalti. Quando os erros acontecem, ele faz algo feio de criar uma suspeita, todos são suspeitos no futebol para ele. E o zagueiro dele nesse jogo (Lucas Halter, que cometeu pênalti), esta envolvido ou não? Qual time não tem nenhuma reclamação? – indagou Calçade.
O comentarista acredita que as reclamações do Botafogo sobre arbitragem podem prejudicar o time. Parece que não os erros da arbitragem em si.
– O ponto é transformar uma arbitragem ruim, péssima, em complô como foi transformado no ano passado. Tudo que acontece é um complô, segundo Textor, para tirar título do Botafogo. Como reclamam, insistem, isso já passou para o time, o que é perigoso, porque pode acreditar que não vai dar. Passa para o time que não adianta se esforçar porque vai ser roubado. Os erros são sistemáticos, acontecem, o Botafogo é prejudicado, como é o Flamengo, como empurrão é expulsão em um jogo e outro não, o que envolve outros times, como Palmeiras, São Paulo, Corinthians. Todos são prejudicados. O problema é o discurso que só o Botafogo é prejudicado. O que aconteceu ano passado não foi arbitragem, foi um time que desabou. Tentam colocar que não foi campeão brasileiro porque arbitragem impediu. Por favor. Todos são prejudicados, não quer dizer que tenhamos que aceitar. A CBF não está nem aí para arbitragens, elas são malucas. Os caras estão errando a cinco, dez metros do lance. Esse é o problema. Não é focar em um único time, aí só atrapalha o futebol brasileiro – acrescentou.
Já os comentaristas Leonardo Bertozzi e Breiller Pires viram razão nas reclamações do Botafogo.
– Acho que o Botafogo tem tido motivos para reclamar nos últimos jogos. Teve não expulsão contra o Vasco e o Cuiabá. As arbitragens têm problemas. É lance para vermelho, risco de lesão, jogo brusco grave. O VAR tem que chamar isso aí – disse Bertozzi.
– No caso do Botafogo, me parece que a reclamação é menos sobre esse pênalti, vacilo do zagueiro, mas no lance contra o Athletico-PR o Júnior Santos toma tranco por trás, mais interpretativo que esse. Para mim foi pênalti. Parece que é mais uma reclamação sobre o critério. Se for, é um ponto. Não é uma loucura. Entendo o Botafogo estar pilhado porque sofreu duas ou três entradas do mesmo tipo que não viraram cartão vermelho. E também a diferença de critério, como no lance do Júnior Santos contra o Athletico – afirmou Breiller Pires.