Alexander Barboza é campeão da Libertadores. Xerifão, o zagueiro argentino teve grande atuação na final vencida por 3 a 1 pelo Botafogo sobre o Atlético-MG, neste sábado, em Buenos Aires. Ele aproveitou para alfinetar os críticos.
– Ninguém pensava que isso era possível quando assinei o contrato em janeiro. Obviamente, quero ganhar em tudo. Falei isso na minha primeira coletiva, mas era difícil. Era um objetivo difícil, longe, tinham duas fases prévias da Libertadores. Quando conseguimos a Taça Rio, quinto lugar do Campeonato Brasileiro, falei “primeiro de muitos”. Muita gente riu, hoje estão vendo. Quero ganhar, esse time quer ganhar. Com um jogador a menos desde os 40 segundos, é uma loucura. Tem que tomar dimensão do que o time fez, foi muito esforço, muita humildade, para correr por todo mundo, como Thiago Almada marcando Hulk. O Mini Messi marcando Hulk, uma loucura. Isso é a fome que esse time tem – destacou Alexander Barboza, em entrevista coletiva.
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Ser campeão na Argentina
– A verdade é que os sentimentos são muitos. Foram muitas coisas que coincidiram , como final na Argentina, minha família na tribuna, campo do River Plate, onde comecei. Sentia em meu coração que estava tudo alinhado para sermos campeões. Sentia e queria. Pedi tanto para estar nesse lugar que a felicidade foi enorme.
União
– Não há grupo de jogadores sem comissão técnica e sem torcida. É a verdade do Botafogo. Estamos juntos para frente, para trás, para um lado e para o outro.
Vaga nos Mundiais da Fifa
– Nem pensei. Estava focado 100% nisso. Hoje celebramos, depois quarta e domingo temos finais para levantar outra taça mais e voltar a fazer história.
Família
– Nós queríamos fazer história, todos nós, por mim, por ele, por meu pai, por meu filho, por minha mãe, toda essa gente que lutou. Queríamos fazer história no Botafogo, com a torcida, que merece muito. Hoje vocês estão tendo alegria imensa. É assim, juntos, não tem outra maneira de trabalhar. Sempre há que se olhar para a frente e seguir trabalhando. Outros momentos vão ser difíceis, mas precisamos de todos. Cada um põe seu grão, as coisas acontecem com trabalho e humildade.
Comemoração com os pais
– Corri para a arquibancada para abraçar meu pai, estava todo mundo feliz, minha mãe, muita emoção. Ele merece mais que eu. Se hoje sou jogador de futebol, é graças a eles. Eram duas horas de ônibus, saía 6h da manhã e voltava 8h da noite, de segunda a sexta, para treinar. Eles saíam comigo, dos dez aos 16 anos. É para parabenizar a eles. Não queria por mim, queria por eles. Meu pai não falou de futebol, hoje só me deu um beijo e chorou comigo.
Pensa em Seleção Brasileira?
– Não pensei em Seleção Brasileira, quero jogar pelo Uruguai. Já falei. Quero seguir com isso em minha mente, é um objetivo claro que tenho, vou brigar por isso, como briguei em toda a minha vida pelas coisas que tenho.