Campeão da Libertadores, Fabio Matias recorda desafio no Botafogo, exalta Alessandro Brito e destaca John Textor: ‘De bobo não tem nada, é um cara visionário’

Campeão da Libertadores, Fabio Matias recorda desafio no Botafogo, exalta Alessandro Brito e destaca John Textor: ‘De bobo não tem nada, é um cara visionário’
Reprodução/BandSports

Fabio Matias está comandando o Juventude e conseguiu livrar o clube de Caxias do Sul do rebaixamento, mas também pode ser considerado campeão da Libertadores pelo Botafogo. O treinador comandou o Glorioso no começo da temporada, entre a saída de Tiago Nunes e a chegada de Artur Jorge, e conseguiu levar o Fogão à fase de grupos, eliminando Aurora e Red Bull Bragantino.

Em entrevista no programa “Bola Rolando”, do “BandSports”, Fabio Matias recordou como foi sua passagem pelo Botafogo, ressaltando que conseguiu os dois objetivos que haviam sido traçados pela diretoria. E destacou que o elenco alvinegro foi encorpado ao longo da temporada, para as fases mais agudas da Libertadores.

– Se você pegar aquela equipe que jogou aquele período conosco e depois pegar a equipe a partir do meio do ano para frente com as contratações, ficou uma equipe muito mais forte, com muito mais opções, mais qualificada. Pegamos o Botafogo ali num momento que não estava legal, que talvez tinha um pouco de resgate da confiança dos atletas, e isso não tem nada a ver com o ano anterior, esquece isso, era outro ano, com outros atletas também – lembrou Matias, continuando:

– Ficamos praticamente quase dois meses, 50 dias de trabalho, dez jogos. Tivemos três jogos de libertadores, mais um da estreia [na fase de grupos], e mais a Taça Rio, que pouca gente lembra. Quando a gente assume internamente, tem dois jogos ainda de Estadual, com chances matemáticas, a gente ganha os dois jogos, não classifica para a semifinal e joga a Taça Rio. A Taça Rio deu vaga para o Botafogo na Copa do Brasil, então naquele momento os dois objetivos que o clube tinha em relação a esse processo nosso a gente conquistou.

Fabio Matias elogiou muito John Textor, dono da SAF do Botafogo e que apostou nele num momento delicado, depois de tudo o que aconteceu no segundo semestre de 2023 e com um time claudicante no Estadual.

– Nos conhecemos pessoalmente, tivemos uma reunião de mais de duas horas dentro daquele período que estávamos interinamente. Ele acabou pegando um amor muito grande pelo Botafogo, pela torcida do Botafogo. De bobo ele não tem nada (risos). Ele é um cara muito inteligente, um cara muito sábio, que entende dentro da lógica dele de futebol. Não estou falando que essa lógica é certa ou errada, mas é o que hoje o Botafogo precisa para estar onde está e conquistar o que conquistou. É um cara visionário, que acredita que possa fazer o futebol diferente – disse o treinador, exaltando também o trabalho de Alessandro Brito:

– Acho que o principal sucesso do Botafogo, dentro daquele período, não foram só os jogadores [contratados], mas a reorganização dos processos estruturais em relação às áreas de performance, serviço social, captação, scout… Eu falo muito do Alessandro Brito, porque ele para mim é uma referência hoje do scout a nível nacional. É um cara que é diferente, tivemos a oportunidade de trabalhar juntos durante um ano e pouco no Internacional. Eu tinha um contato muito forte com ele, porque a gente trocava muita ideia em relação aos jogadores. E ele é um cara que tem um monitoramento, tem uma perspicácia em relação a isso muito grande.

– Então acho que essa organização toda que o Botafogo trouxe, e o Textor é um cara que acredita muito nisso, quer sempre os melhores profissionais ao lado dele, fez com que o Botafogo estivesse onde está. É lógico que tem o investimento. A gente não pode negar que o investimento do Botafogo, se comparado ao nosso no Juventude, é surreal. Nós temos, teoricamente, uma folha hoje das mais baratas do Campeonato Brasileiro e ao mesmo tempo nós fizemos boas escolhas em relação aos jogadores. Fizemos boas escolhas para o nosso cenário de manutenção na Série A, que é outro ponto que nós temos que enaltecer também. Agora, com o dinheiro, você também precisa escolher bem as peças. Não é só você ter dinheiro. E o dinheiro também não escolhe os jogadores – completou.

Fonte: Redação FogãoNET e BandSports

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