Mais um defensor do fair play financeiro, tema em alta no futebol brasileiro desde que o Botafogo goleou o Flamengo por 4 a 1 pelo Campeonato Brasileiro. Vice-presidente do Flamengo e candidato à presidência, Rodrigo Dunshee de Abranches deu entrevista ao “Charla Podcast” e pediu regulamentação.
– A gente tem que fazer um movimento legal, né? Um movimento com os deputados e senadores para proteger o futebol brasileiro. Porque, assim, tem que ter fair play financeiro, tem que vir por lei. Tem que ter a obrigação de ter o fair play financeiro para proteger o futebol. Hoje não há lei. Tem lei para tudo, tem que ter para isso também. Porque não pode chegar qualquer um aqui… Por exemplo, vamos dar o exemplo do Textor. Ele tem um faturamento de R$ 350 milhões por ano e gastou R$ 550 com jogador. Isso é brincadeira. E depois ele pode usar o clube dele como barriga de aluguel para os outros clubes que ele tem. Emprestando jogador. Se ele traz um jogador por 30 milhões de euros, bota aqui, porque aqui não tem fair play financeiro, empresta para lá baratinho e viola o fair play financeiro de lá, porque aqui não tem… Então, assim, a gente tem que proteger o futebol brasileiro. Tem que ter regra, tem que proibir esse tipo de coisa – implorou o dirigente.
– Tem que proibir o cara faturar 350 (milhões) e investir 550 (milhões). Porque, assim, ele está tendo problema no Lyon. Com todo respeito a ele, o Landim (presidente do Flamengo) adora ele e tal, mas com todo respeito, está tendo problema no Lyon porque lá tem regra. E a gente aqui não tem regra – alegou.
O dirigente do Flamengo revelou que já há movimentação nos bastidores sobre o assunto.
– Eu faço até um apelo. Estamos trabalhando com os deputados e senadores para mexer com isso. Os grandes clubes do Brasil têm interesse nisso. Assim, a Libra tem interesse nisso, que é a Liga do Futebol Brasileiro, que é o grupo dos maiores aqui. Tem interesse em fazer um movimento pró fair play financeiro – declarou Rodrigo Dunshee de Abranches.