Carlos Leiria vê ‘muita coisa positiva’ no Botafogo em tropeço conta o Sampaio Corrêa e diz: ‘Vamos cobrar time para aliar desempenho a resultado’

Carlos Leiria em Sampaio Corrêa x Botafogo | Campeonato Carioca 2025
Reprodução/Botafogo TV

Técnico do sub-23, Carlos Leiria comandou novamente o Botafogo neste sábado, na derrota por 2 a 1 para o Sampaio Corrêa, pela terceira rodada do Campeonato Carioca. O treinador citou dificuldades da partida e viu “muita coisa positiva” em sua equipe, apesar do resultado.

– Primeiramente, trabalhamos com um cenário diferente, foi o nosso primeiro jogo fora de casa, fora do ambiente que nós estamos acostumados. Sabíamos as dificuldades que seriam impostas pelo perfil do gramado que iríamos encontrar. Acredito que tivemos boas chances, boas possibilidades, e, infelizmente, não fomos efetivos no momento de definir a partida, até mesmo de, talvez, sair à frente do placar. Sofremos um pouco com algumas desatenções e essas desatenções hoje nos custaram o resultado, as duas desatenções em lances de bola parada – resumiu Leiria.

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Análise do adversário

– O time do Sampaio tem bons jogadores, como eu citei anteriormente, o Rodrigo (Dantas) dita muito bem o ritmo da equipe no meio-campo, o próprio Alexandre, e o lado direito é muito forte com o Max e também com as subidas do Lucas. Acabou alterando, porque nos outros jogos eles atuaram com o Eliandro pelo lado direito, que é um jogador que vinha atuando mais por dentro. A gente havia preparado inclusive alguns ajustes com relação ao Kayke para trancar um pouco da subida do lateral, ao invés de marcar ele pelo lado, como normalmente a gente vem marcando, nós optamos por marcar ele pela frente, bem como o Lobato, mas a gente também respeita e entende a qualidade e a capacidade desses jogadores deles. Acho que foram impositivos nesse sentido, nós tivemos dificuldade com essas jogadas do Max, jogadas de fundo, inclusive o lance do primeiro gol pós o arremesso lateral, que acho que o principal fator foi a desatenção nossa no arremesso lateral, e a sequência combinou com o passe do Max para dentro da área e o gol do Sampaio. Depois, no decorrer do jogo, mudou um pouco a característica, até com a entrada do Iacovelli no lugar do Elias, a entrada do Pablo, que é um jogador de mais contenção, numa medida que o jogo ia ainda mais para o final, e depois eles fazem o segundo gol. Eles acabaram mudando um pouquinho a característica e jogando com alguns jogadores de mais contenção, principalmente o Pablo que entrou no decorrer do jogo, acredito que foi um pouco esse o cenário.

Experiência para o time

– Muito importante. Esse talvez tenha sido um grande aprendizado para alguns jogadores nossos, principalmente os mais jovens, lidar com situações de jogadores experientes e de um bom nível, por exemplo, muitos confrontos com Elias. Isso faz com que vá ter uma maturidade para os nossos zagueiros nos próximos jogos, nos próximos enfrentamentos, isso faz com que tenha uma aprendizado importante, é com isso que a gente sai sim mais experiente e espero que agora a gente consiga preparar bem o próximo jogo também. Não só essas questões de criar, de construir, isso nós sofremos um pouco ao longo dos jogos, tivemos algumas boas chances dos três jogos, precisamos ser mais efetivos nisso, mas que esse aprendizado agora ele venha com resultado. O que nós vamos cobrar dos jogadores nossos é aliar desempenho a resultado, e, se não tiver um desempenho adequado, se não tiver o desempenho, nós procuramos buscar o resultado e competir. Isso acredito que a nossa equipe fez, tanto que o final do jogo foi de um volume muito grande, mesmo que o adversário tenha um jogador expulso, mas as expulsões foram oriundas de situações, uma situação promissora de ataque e uma situação em que faríamos o gol. Então teve um contexto para que acontecessem essas expulsões, então tem muita coisa positiva sim, e tem obviamente algumas coisas importantes que a gente precisa trabalhar. E também o nosso jogador, a partir desse momento, a partir desse tipo de enfrentamento, é uma nova experiência para que ele possa evoluir através dessa experiência nova que ele teve hoje.

Cobranças

– Eles estão no Botafogo, então eles vão ser cobrados sim para o resultado, seja na Taça Guanabara, seja em campeonatos brasileiros, ou como foi nos aspirantes recentemente em que fomos finalistas da competição. Vivemos um esporte que dependemos do resultado e com certeza o resultado também faz parte da formação. Vamos trabalhar bem para o próximo jogo para buscar os três pontos. Nesse momento fomos para quinto na tabela, esperamos ficar próximo ao G4 porque queremos estar próximo ao G4. É um campeonato muito equilibrado, difícil, uma vitória hoje nos colocaria talvez até na liderança da competição, então é trabalhar, saber que somos fortes em casa e diante disso conseguir um melhor resultado na próxima partida.

Elenco principal

– Tem um planejamento interno, a gente tem sido bem cuidadoso com esse planejamento interno nosso de treinamento, de preparação, não apenas para quando vai estrear a equipe principal, mas sim para uma preparação longa da temporada, que não é apenas a estreia da equipe principal, é uma temporada muito longa. O que nós estamos fazendo no momento é trabalhar, estar atento aos detalhes de treinamento, atento ao detalhe desse retorno da equipe e poder ajudar da melhor maneira possível o clube e ao mesmo tempo conseguir deixar que todos estejam tranquilos e que possam, a partir desse momento em que a gente trabalha com esses jogadores, ganhar o tempo necessário para que futuramente tragam um treinador.

Saída de Kauê

– Eu acredito que no primeiro tempo nós jogamos um pouco distante, isso foi um fator que nós acreditamos que com a subida do Newton pudesse ajudar e ajustar aquele setor, então nós procuramos naquele momento trabalhar uma relação mais próxima. Kauê é um jogador que tem por característica e faz bem a saída para o ataque, tanto que ele fez o gol no último jogo. Então nós procuramos aproximar um pouquinho para afastar tanto os meias deles que estavam marcando individual quanto o Rodrigo Dantas, então o Vitinho ficou numa situação de ganhar as costas dessa primeira marcação deles em cima dos nossos volantes, em cima do Newton e do Patrick, e o Vitinho tendo a possibilidade de alternar entre as costas no primeiro salto e também buscar um espaço de ruptura nas costas do próprio Dantas, que fazia uma boa marcação para frente, mas a gente acreditava que poderia ter uma vantagem nas costas dele e foi mais nesse sentido que optamos pela troca.

Fonte: Redação FogãoNET

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