A CBF encomendou um estudo sobre gramado sintético e deve dar um panorama mais preciso sobre o tema em breve, segundo revelou o “UOL” nesta quarta-feira (19/2). A questão veio à tona após um manifesto de jogadores veteranos, encabeçado por Neymar.
A entidade máxima do futebol brasileiro recolheu dados junto aos clubes sobre a incidência de lesões ao longo do campeonato, como onde ocorreram, em qual campo, em qual parte do corpo, se teve trauma ou se foi muscular etc.
A CBF quer uma amostragem de pelo menos mil horas de jogo no campo artificial para tentar obter alguma amostra que entenda ser estatisticamente relevante. Estudos no exterior não apontam evidências de mais lesões no sintético.
– Os trabalhos mostram vantagens e desvantagens. Não tem algo peremptório. O que se tem é muito baseado em futebol americano, coisas desse tipo. Vamos ter uma amostragem agora, porque estamos trabalhando com mais campos. Está sendo feito um trabalho estatístico para ver se há uma prevalência de lesões apontadas. É uma discussão em aberto – afirmou Jorge Pagura, presidente da comissão médica da CBF, ao “UOL”.
Ainda de acordo com o portal, a CBF não vai se meter diretamente nos votos dos clubes sobre o assunto. O estudo deve ser concluído nas próximas semanas, mas dificilmente sairá antes da reunião do Conselho Técnico da Série A.