O confuso protocolo de concussão da CBF virou pauta de reunião da entidade com clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro na última terça-feira. Por conta dele, Marlon Freitas (substituído no último domingo diante do Cruzeiro) desfalcará o Botafogo nesta quinta-feira, diante do Atlético-GO, no Estádio Nilton Santos.
Afinal, o presidente da Comissão Médica da CBF, Jorge Pagura, revelou ao site “Gaúcha Zero Hora”, o tempo mínimo que um jogador deve ser preservado nesses casos.
– Para retornar após uma concussão, existem fases preconizados para o ‘Return to Play’, onde o atleta deve estar assintomático em todas as fases. De comum acordo com os médicos das Séries A e B, definimos como cinco dias o tempo mínimo para o retorno, visando a preservação da integridade física do atleta – explicou Jorge Pagura.
A CBF divulgou ainda mais informações sobre o protocolo de concussão e liberou Kannemann, do Grêmio, para jogar esta rodada, uma vez que o clube gaúcho mudou de ideia em relação ao motivo da substituição no intervalo e informou que não era por concussão. Outro detalhe é que cada time poderá fazer até sete alterações em um jogo.
Leia abaixo o que está no site da CBF:
Protocolo irreversível
Foi explicado que, uma vez iniciado o protocolo de concussão e feita a troca do atleta, a substituição por concussão não pode ser transformada em uma substituição convencional.
Substituição adicional
A reunião também foi importante para informar que um clube pode realizar até sete substituições em um jogo. Isso porque ter um jogador trocado por concussão dá direito ao time adversário de realizar uma nova substituição tática a qualquer momento. Logo, são permitidas cinco substituições táticas, uma por concussão e outra substituição tática, se o time rival também tiver trocado um jogador pelo trauma.
Para realizar essa troca adicional, um cartão de cor vermelha deverá ser entregue ao quarto árbitro pelo médico ou alguém do banco de reservas da equipe.
Choque entre companheiros de time
Em uma situação onde atletas da mesma equipe se choquem e em ambos sejam identificados sintomas de concussão, apenas um deles pode ser substituído pela nova medida. A recomendação para o outro atleta é de também removê-lo do jogo, seja utilizando uma das cinco trocas permitidas, ou simplesmente o retirando de jogo, caso todas as substituições já tenham sido feitas.