A CBF divulgou nesta terça-feira (1/8) um trecho do diálogo do VAR no lance do gol anulado do Coritiba contra o Botafogo no último domingo, que gerou até nota oficial da direção do clube paranaense. A análise foi de que o VAR Wagner Reway acertou em chamar o árbitro João Vitor Gobi para a revisão.
– Não! se jogou! Vai levantar! Sentiu o contato e caiu! – gritou o árbitro no momento em que Diogo Oliveira derruba Tchê Tchê no meio-campo.
– Empurrou com o braço. Claramente, empurrou com o braço. Gobi, o contato embaixo é pequeno, mas ele empurra com o braço o jogador. Recomendo revisão para possível falta, ok? – pediu o VAR Wagner Reway.
Presidente da Comissão de arbitragem da CBF, Wilson Luiz Seneme disse que o gol do Coritiba foi corretamente anulado e que a falta em Tchê Tchê foi clara.
– O jogador do Coritiba não toca na bola. Se ele realmente consegue travar a bola, talvez sim. Uma coisa é o braço de referência, outra é empurrar, puxar, deslocar o adversário, com força para derrubá-lo ou tirá-lo da jogada. Aqui, o 18 do Coritiba (Diogo) põe força no braço e desloca o jogador do Botafogo para a frente para ficar com a bola. Esse é um lance que não comporta duas interpretações. Está claro que houve uma infração e que a indicação para revisão foi correta – disse Seneme.
O chefe da arbitragem analisou que o posicionamento de João Vitor Gobi acabou atrapalhando o árbitro de campo na tomada de decisão.
– O árbitro está muito dentro do jogada, ele tinha que estar na diagonal para poder visualizar melhor. Quando o árbitro está muito preocupado com o posicionamento, ele perde o foco no que tem que ver, que são as disputas por baixo e com os braços. Ele não consegue ver o braço, está num ângulo totalmente desfavorável. Ele não consegue ver o braço que está nas costelas e empurra o jogador. Se analisarmos só corpo com corpo, não existe infração, mas ele não viu o potencial de infração do braço atrás – justificou.
Gol do Botafogo legal
Seneme também disse que o segundo gol do Botafogo, marcado por Tiquinho Soares após cobrança de escanteio, foi absolutamente legal, apesar da reclamação do Coritiba. Além do lance ter ocorrido quando a bola ainda estava parada, o chefe da arbitragem não considerou uma possível falta.
– Nem para o campo isso seria falta e nem para o VAR, porque a bola não está em jogo. Não conseguimos identificar um contato diferente e nem forte para provocar a queda do jogador, é um contato mínimo. Se a bola estivesse em jogo, eu não consigo identificar esse lance com uma infração em potencial – disse Seneme.
