A Parimatch anunciou no último domingo (8/12) o fim do patrocínio no Botafogo, se despedindo na vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo, que valeu o título brasileiro, no Estádio Nilton Santos. O clube já está atrás de novo patrocinador master para temporada 2025, com favoritismo para bets.
– A gente é muito grato pela Parimatch, eu acho que assim como a 7UP, que ficou registrada na memória do torcedor, a gente espera que essa camisa seja também eternizada. Eles fizeram uma homenagem a gente, ao clube, essa parceria, ao invés de Parimatch, a gente estampou “Perfect Match”, que é a união perfeita. E foi isso que aconteceu, foram dois anos que eles compraram o nosso projeto, quando a gente não era nada, quando a gente só tinha um powerpoint pra mostrar, e um plano de crescimento, e eles compraram essa ideia. Hoje a gente junto está levantando o troféu, acho que não tem como ter tido mais sucesso possível do que essa união Parimatch e Botafogo. Para o ano que vem, obviamente, a gente está em conversas com várias empresas, obviamente casas de apostas, que é onde está a maior atratividade hoje em dia para os clubes. A gente tem conversado bastante, eu me envolvido pessoalmente junto com o diretor comercial do clube, o Rafael Ganem, e espero ter alguma coisa para anunciar até o fim do ano, para começar já 2025 com uma nova parceria – afirmou Thairo Arruda, CEO da SAF do Botafogo, ao canal “Opinião Fogo Play“.
Leia outras respostas de Thairo Arruda:
Rápido sucesso do Botafogo
– É inacreditável o que a gente tem vivido, um sonho. Às vezes eu acordo depois do título da Libertadores, eu falo, “pô, será que é verdade, será que a gente conseguiu mesmo?” O maior título da história do clube, em dois anos e meio de SAF. Desde o início, todo mundo já sabe da história, o clube quase falido, a gente tornar isso o maior case de sucesso do mundo, de recuperação de um clube de futebol. Olha, eu não tenho palavras para dizer como é fazer parte disso, claro que eu sou uma pecinha assim como todo mundo aqui dentro, é um trabalho de mil mãos para chegar nesse título, nessas conquistas, mas é inacreditável fazer parte disso. Eu sou privilegiado. O planejamento dos próximos anos já foi feito, não é um título ou dois que vão mudar o nosso caminho de crescimento. O nosso plano é sempre dar um passo a mais do que no ano anterior, então o ano que vem a gente espera, assim como o John (Textor) já falou, que a gente tenha um time ainda melhor, que a gente consiga aprimorar ainda mais em todos os aspectos do clube, focar muito o ano que vem em infraestrutura, que a gente precisa para que conseguir desenvolver jovens talentos, que a gente consiga perenizar o sucesso. A gente vai fazer muito isso o ano que vem, vai começar grandes projetos, e tem muita coisa para destravar ainda de potencial, que o Botafogo é gigantesco.
Possíveis saídas e chegadas
– Olha, é o problema bom que a gente fala, porque isso é um ciclo virtuoso. Quando o clube tem essa valorização, a gente também tem o outro lado, todo mundo quer vir aqui, todo mundo quer treinar nesse time, todo mundo quer jogar nesse time, todo mundo quer trabalhar nesse time. Então, o Botafogo virou objeto de desejo do mercado, tem esse lado que é muito mais positivo do que qualquer lado negativo. Obviamente a gente vai sentar com o Artur (Jorge) depois do campeonato, foi isso que a gente falou para ele, que não era o momento adequado pra gente conversar sobre a renovação, até porque tinha esse último jogo também. A gente tinha que estar super focado nele. E também tem os jogos do Mundial, que a gente tem que estar indo para lá para fazer bonito.
Botafogo no Super Mundial de Clubes
– Temos o escudo mais bonito, tá, porque na tabela, depois que tava pronta a tabela do Mundial, eu falei para John, “presta atenção, cara, olha que lindo que é o nosso escudo, ele se destaca no meio dos demais”. Então, eu acho que essa globalização do clube tem muito a ver com o John, americano, tem outros clubes, um grupo de clubes, isso tem chamado atenção do mercado todo. Lá em Miami, vários presidentes de clubes vieram falar comigo, que estão acompanhando o nosso crescimento, estão acompanhando o clube, viram a final da Libertadores, ficaram impressionados com o jogo, com a qualidade dos nossos atletas. A gente tem exportado a nossa marca, que cada vez mais a gente vai atingir essa globalização, tornar o Botafogo essa marca global, que a gente tanto quer.
Apoio dos torcedores
– A nossa torcida é apaixonada, é uma torcida que não cansa de acompanhar o clube, que não cansa de dar audiência, que não cansa de comprar o Botafogo como um todo, de acompanhar, de vibrar. Também é uma torcida que estava machucada por 30 anos sem título e a gente conseguir furar essas três décadas de não terem conquistas relevantes, faz com que a gente tenha inaugurado uma nova era do Botafogo junto a eles. Acho que a torcida, a demonstração que ela deu lá em Buenos Aires, foi uma invasão, uma festa, um carnaval fora de época, num outro país, e eles bateram todos os recordes esse ano, recordes de sócios-torcedores, recordes de audiência, a Globo mesmo, todos os jogos que elas transmitem do Botafogo, sempre a gente tem o feedback que a audiência é muito alta. O que eles fizeram na Argentina… A gente só tem a agradecer à torcida por confiar na gente desde o início, por acreditar, por jogar junto com a gente, porque é só através deles que a gente consegue ter o combustível. Eles são o nosso combustível para fazer o sucesso do clube.