Thairo Arruda, CEO do Botafogo, fez questão de falar da boa relação da SAF com o clube associativo, durante participação em live ao lado de John Textor no “Canal do TF” na noite desta sexta-feira (28/11). Isso no dia seguinte ao clube social ter entrado com uma ação na Justiça pedindo a proibição da venda de jogadores sem autorização – inicialmente concedida, mas já revertida.
– Vem de décadas aquela impressão de que clube social é cheio de dinossauro, que não serve para nada, que só atrapalha. Isso não é verdade. O clube social do Botafogo tem muita gente boa. Eu queria mencionar aqui nomes, mas talvez eu deixe alguém de fora, mas o próprio presidente João Paulo, o Durcesio, Montenegro, Vinicius, que foi vice-presidente do Durcesio que acabou perdendo a eleição, mas é uma pessoa maravilhosa, o vice-presidente André Silva, André Chame, João Pedro Figueira, Henrique Figueira, enfim… Tem muita, muita gente boa no clube, gente de alto gabarito e todos, sem exceção, posso afirmar, porque convivo com eles diariamente, todos, sem exceção, só pensam no bem do Botafogo. Não existe inimigo dentro do clube social – afirmou Thairo.
– O que existe são visões diferentes, visões diferentes, o que é normal em qualquer sociedade, em qualquer lugar, mesmo dentro da nossa casa. Por que essas visões diferentes acontecem? Principalmente, por comunicação, falta de informação. É por isso que existe o acordo de acionistas, que rege como a comunicação e os processos devem acontecer. Então, por exemplo, quando fulano fala: “não sei o que acontece na SAF Botafogo”, é porque talvez ela não faça parte dessa governança, ela não faz parte do Conselho Fiscal da SAF, não faz parte do Conselho de Administração. Aquelas pessoas fazem parte daquele processo, essas pessoas têm as informações – completou.
Thairo Arruda garantiu que a SAF é totalmente transparente com o clube associativo, que tem uma cadeira no Conselho Fiscal da empresa que controla o futebol alvinegro:
– É inverídico que o Botafogo, a SAF, não presta informações ao clube social. A gente tem um Conselho Fiscal, a gente tem que reportar mensalmente todos os relatórios financeiros da SAF, e nesse Conselho Fiscal tem um membro indicado pelo clube, que, por sinal, vou deixar aqui entre aspas, ele é muito chato, no bom sentido. É o Eduardo Donni, uma pessoa que eu admiro para caramba, ele é conselheiro fiscal do Bradesco, para vocês terem ideia. Ele é o conselheiro fiscal da SAF Botafogo, e tem tido papel fundamental, pelo clube social, em garantir que a gente evolua a nossa governança, evolua o nosso clube, e assim a gente vai crescendo.
– O Conselho Fiscal tem todas as informações, o Conselho de Administração tem todas as informações, o presidente João Paulo Magalhães tem todas as informações. Agora, quem não tem? O clube social tem 500 conselheiros, obviamente essas pessoas não têm as informações, e não devem ter mesmo, porque elas não fazem parte do processo, não fazem parte da governança. Essa que é a dicotomia, essa que é a diferença que causa esse tipo de tumulto. As pessoas querem saber de tudo, mas o tudo não pode ser trazido à tona a todo momento, porque às vezes prejudica a própria organização. O sigilo é benéfico quando a gente está negociando jogadores ou contratos importantes. Quem tem acesso são poucas pessoas, e isso está regido dentro do acordo de acionistas, e a gente segue estritamente o acordo de acionistas.
– A gente admira, a gente respeita, a gente quer sempre caminhar juntos com o clube social, mas isso tem que ser muito posto: o clube social também tem que olhar e seguir o que nós assinamos no acordo de acionistas – concluiu Thairo.
