Grupo do qual o Botafogo é integrante, a Liga Forte União se pronunciou sobre a polêmica da Libra, na qual o Flamengo bloqueou na Justiça repasse de R$ 77 milhões a outros clubes. Quem criticou o Rubro-Negro foi Gabriel Lima, CEO da LFU, em entrevista à CNN Brasil.
– (O bloqueio) gera uma chateação do meu lado, porque ter bloqueio de receitas dos clubes por via judicial não deveria ser o caminho. O caminho deveria ser um entendimento à porta fechada. Na minha visão, de maneira muito clara, o Flamengo está míope nesta situação. Dou dois motivos para isso – afirmou Gabriel Lima.
– Primeiro que existe uma coisa chamada ‘Lei do Mandante’. Cada clube tem 19 jogos para comercializar por lei. Esses 19 jogos representam 5% da competição. São 389 jogos no Campeonato Brasileiro, e você só pode comercializar os jogos como mandante, que pertence a você economicamente.“O Flamengo tem 19 (jogos), 5% da competição. Não existe nenhuma hipótese que, com esses 19 jogos, o Flamengo – ou qualquer outro clube – tenha mais do que 12%, 13% da audiência total. Isso, para mim, é um indício claro do pleito do Flamengo não faria nenhum sentido no ponto de vista de tamanho, bolo que eles querem – explicou.
O dirigente considera que união e divisão mais igualitária pode ser benéfica para todos.
– Você tem que dividir melhor os recursos para ter uma liga mais forte. É só olhar os exemplos no mundo. Sejam as ligas americanas, Premier League, La Liga… Você tem uma divisão de recursos melhor entre os clubes. Essa divisão faz com que tenha um ciclo virtuoso, que daria receita para todos os clubes. O ‘bolo’ aumenta. Você pode ter uma fatia menor, mas essa fatia menor representa mais (dinheiro). Você poderia contratar melhores jogadores, técnicos e assim por diante. Então, por esses dois aspectos, sem entrar no detalhe, acho que a visão é míope do Flamengo – concluiu.