CEO do Botafogo revela desdém de ‘pessoa sênior’ da CBF sobre denúncias de John Textor: ‘Está tornando uma briga pessoal. Deveria entender o problema a fundo’

Thairo Arruda, CEO da SAF do Botafogo
Reprodução/ESPN

O Botafogo não vai parar nas denúncias de manipulação de resultados no futebol brasileiro, liderada por John Textor. Em entrevista ao programa “Bola da Vez”, da ESPN, o CEO da SAF alvinegra, Thairo Arruda, comentou sobre como o empresário americano tem sido tratado após as declarações.

– O que ele tem é uma coisa muito séria, tem que ser levado a sério. Não é fácil de se entender, pegar um relatório e tirar conclusão. A conclusão vai ser errada. Procuro entender mais a fundo, buscar informações, falar com especialistas, para ter visão a respeito. Minha conclusão é que ele está corretamente liderando esse processo. Vai ser para o bem do futebol mundial, não só do Brasil. Problema de manipulação é mundial, sabemos disso, não é segredo para ninguém. No Brasil ninguém pergunta qual a metodologia da empresa (Good Game!), como fazem isso. O que mais se vê nos programas são deboches, dizendo que “é chat GPT” – disse Thairo Arruda.

– Eu ouvi isso da CBF, de uma pessoa sênior: ‘Fala pro Textor parar de usar chat GPT’. Quer dizer, a pessoa que deveria ser a mais interessada de entender a fundo aquele problema, está tornando aquilo uma briga pessoal com o John. Ele tem me ensinado outra coisa, quando ele tem a convicção sobre um determinado problema e que ele está certo daquilo, ele vai atrás, até o final – garantiu Thairo.

– E onde vai acabar tudo isso? O tempo é o senhor da razão. E conforme a gente vai passando o tempo, vocês vão começar a ver que ele estava certo. Essa é a minha visão. Para ser sincero, eu jogo gasolina. Eu acho que ele tem que ir atrás porque vai fazer um bem para todos. O que ele quer não é passar pano para o ano passado, não quer mudar o que aconteceu, é mudar daqui pra frente – explicou.

O CEO alvinegro ainda lembrou que a arbitragem brasileira é criticada a cada rodada.

– Nenhum clube brasileiro está feliz com arbitragem, pode ser por má-fé ou por erros jogo após jogo sem intenção, mas o fato é que toda rodada tem erros grotescos, tem polêmicas, ninguém está satisfeito. Acho que é mais incapacidade, mas também acredito que haja má-fé em alguns casos específicos, assim como em qualquer indústria. O futebol brasileiro não é nada mais que reflexo da sociedade. Assim como em qualquer indústria há corrupção privada e pública, também pode acontecer no futebol. Não podemos fechar os olhos para isso. Mais do que falar de problemas, temos que falar de soluções. Os clubes falam de entrar com representação na CBF, reclamar, mas qual a solução? Alguém está dando a solução? – indagou.

– O Botafogo vai ser pioneiro nisso. Vamos trazer propostas e soluções para fazer debate amplo de como melhor a arbitragem, em diversos aspectos, desde regulamentações em congresso nacional até novas implementações na CBF, autonomia na arbitragem, melhores pagamentos. John Textor sempre defende que uma das figuras centrais é o árbitro e, dentro do campo, ele recebe 10% do que um jogador que recebe menos no espetáculo. Pela pressão que sofre, a consequência na família, tem que ter remuneração condizente. Vamos trazer à tona, um documento público, em conjunto com mais clubes, como se fosse um manifesto em prol de soluções para a arbitragem brasileira.

Fonte: Redação FogãoNET e ESPN

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