O impedimento de realizar nas contratações, o controle da folha salarial e a ameaça de rebaixamento se não melhorar a situação financeira foram medidas anunciadas pela DNCG (órgão regulador do futebol francês) contra o Lyon. CEO do Botafogo, acredita que motivações políticas estão por trás do que foi feito.
– John Textor é uma figura disruptiva, extremamente criativa. Não veio ao futebol para brincar, veio transformar a indústria do futebol para melhor. Ele tem criado um conceito multiclubes totalmente diferente, inovador. A relação entre Botafogo, Lyon e RWD Molenbeek é sem procedentes, não existe em outro multiclubes, essa colaboração, esse fluxo financeiro que envolve a holding. Não vemos talento fluindo pelo Grupo City, vemos que os conceito deles operacionalmente são integrados, mas construções contratuais, fluxo financeiro, coisas que estamos inovando… Nessa forma disruptiva, John chacoalha o barco por onde passa, na França tem encontrado algumas resistências a esse modelo, internas, externas, políticas. Essa questão do rebaixamento provisório é ridícula. Na França existe fair play financeiro, prova que pode fazer os pagamentos, John colocou planos A, B, C e D para a recuperação financeira do Lyon, que estava em situação difícil, mas eles falaram “e se nenhum plano der certo?” John falou “tem mais, eu sou dono, posso colocar meu dinheiro, aportar capital”, assim como o Catar, o fundo soberano, aporta capital no PSG todos os anos. Por que o PSG não está na mesma condição se ambos apresentaram plano parecido, que depende de aporte final do investidor para fechar o ano financeiro? Porque sabemos da influência do PSG dentro da federação francesa. Há uma resistência política em relação ao John. Lá há Paris e Lyon, uma rivalidade, de repente chega um americano inovador e disruptivo, causa um pouco de frenesi nos parisienses – ponderou Thairo Arruda, em entrevista ao canal “Flashscore“.
John Textor já teve problemas no Brasil com a CBF, principalmente quando denunciou manipulação de resultados, o que fez ate um representante da entidade dizer que “tinha que parar de usar Chat GPT”.
– Em relação à CBF e John Textor, essa pessoa, membro da CBF na época, não está mais, se equivocou. Deveria ouvir o que John tem, chamar para uma reunião, avaliar, porque denúncia séria tem que ser tratada de forma séria, assim como os procuradores e o Senado estão tratando. Agora restabelecemos o diálogo com a CBF, que tem tratado de forma séria – explicou Thairo.