Técnico do Botafogo desde o início da temporada, Marcelo Chamusca deu entrevista ao site “GE” publicada nesta quarta-feira, dia do jogo contra o Vitória, em Volta Redonda, pela Série B. Ciente de que o tempo é curto por reação na competição, o técnico projetou quando terá um time mais pronto.
– Acho que até o final do primeiro turno, a sequência vai pouco a pouco nos dando a consistência que a gente precisa. A tendência não é a gente fazer muitas contratações, até porque existe uma questão orçamentária. Quando você perde atletas, a tendência é você ter que contratar pra substituir. A partir do momento que eu não esteja perdendo nenhum atleta, é manter aqueles jogadores que a gente contratou, procurar entrosar e adaptar eles o melhor e o mais rápido possível. E performar, porque a gente está dentro da competição, não existe mais tempo pra ficar colocando prazo. A gente vai ter condição de evoluir muito, acho que o Botafogo tem margem para muito crescimento nessa competição – avaliou Chamusca.
O treinador lembrou que seu início no clube foi em meio a muitas saídas de jogadores, durante a formação do elenco.
– Quando você assume um clube com a grandeza e história do Botafogo, com o nível de cobrança que a gente sabe que é muito grande e sem ter tempo pra trabalhar… E aconteceu uma situação que era meio planejada mas que passou um pouco do que esperávamos, que foi perder atletas durante a competição, jogadores que, apesar de estarem desgastados pela campanha do ano anterior, se encaixariam no planejamento do clube pra Série B. O Botafogo tinha o que a gente chama de espinha. Benevenuto e Kanu eram uma dupla de zaga muito boa, tínhamos Zé Welison, Nazário, Babi, todos esses jogadores com alguma referência, jogadores interessantes para o mercado, tanto que o mercado absorveu e todos eles estão na Série A – explicou.
– Eram jogadores ativos de mercado, e a gente precisava fazer essa reformulação. Só que reformular com campeonato em andamento é muito complicado. Os jogadores que chegam, você tem que adaptar. Não teve nenhum posicionamento contra tudo que foi feito, até porque a gente entendia que os jogadores estavam com o aspecto mental e emocional muito desgastado pelo ano anterior, o treinador tem que ter essa sensibilidade – completou.