Presidente da Comissão de arbitragem da CBF, Wilson Luiz Seneme afirmou que os gols de Botafogo 1×1 Athletico-PR poderiam ter sido anulados caso o VAR estivesse funcionando. Com o problema de energia no Estádio Nilton Santos, a ferramenta não foi utilizada no sábado, quando os gols saíram.
Para Seneme, o gol de Tiquinho Soares é interpretativo, e o árbitro Matheus Delgado Candançan tinha a visão encoberta no lance para definir se houve falta ou não em Thiago Heleno, zagueiro do Athletico-PR.
– É uma situação de bastante interpretação, que são as mãos do centroavante (Tiquinho) nas costas do zagueiro do Thiago Heleno. O Matheus Candançan, jovem, fez um grande jogo e teve uma experiência enriquecedora, soube controlar muito bem a partida. A gente vê o grau de dificuldade para o Matheus ver com vários jogadores na frente dele. Era preciso ver se a mão era de referência ou se desloca o jogador para ganhar alguma vantagem. Essa é a dificuldade do campo que muitas vezes o árbitro de vídeo pode ajudar a buscar a solução. Em princípio, os jogadores já sabiam que não havia VAR – pontou Seneme.
No quadro “Papo de Arbitragem”, Seneme afirmou também que apenas as linhas do VAR conseguiriam atestar Pablo estava ou não impedido no gol do Athletico-PR, validado pelo auxiliar Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (SP).
– O gol do Ahtletico-PR também era passível de checagem, porque era uma jogada ajustada, de alto grau de dificuldade para o árbitro assistente, que estava muito bem posicionado e tomou a decisão de gol. Dá para ver o grau de dificuldade, olhando a jogada é impossível definir se está ou não em condição – disse Seneme.