Cláudio Caçapa recorda ‘susto’ com chegada ao Botafogo e diz: ‘Senti energia positiva ali. Era impossível dar errado’

Cláudio Caçapa, técnico do RWD Molenbeek
YouTube/O Tempo

Hoje técnico do RWD Molenbeek (BEL), Cláudio Caçapa foi auxiliar do Lyon e interino do Botafogo este ano. Em uma temporada bem movimentada, marcou bastante a passagem pelo Glorioso, no qual assumiu no lugar de Luís Castro e venceu quatro jogos seguidos, mantendo o time na liderança do Campeonato Brasileiro.

Em entrevista no canal “O Tempo”, Caçapa admitiu que ficou surpresa com o convite.

– Não foi só o pessoal que se assustou não, eu também me assustei quando me ligaram dizendo para dar uma força ao Lucio Flavio no Botafogo. Estava de férias, com a família, em Lavras, com esposa, filhão, mamãe, irmãos, faltavam cinco dias para terminar. Já estava me programando para passar os últimos dias, recebo uma ligação do nosso diretor André Mazzuco dizendo que John Textor queria que eu fosse ao Rio dar força ao Lucio Flavio, precisavam de mim lá. Me assustei, arregalei o olho desse tamanho, “Como assim? Estou de férias”. “Não, mas estão precisando da sua ajuda e gostaríamos muito que você fosse”. Eu disse “sem problemas”. No início fiquei meio assustado até porque era uma grande missão, não é normal no futebol trocar um treinador na liderança do campeonato. Por isso que me assustei, até porque era algo gigantesco acontecendo na minha vida, na minha carreira. Graças a Deus deu tudo certo com quatro vitórias, mas poderia ter dado errado com quatro derrotas por exemplo. Obrigado, meu bom Deus, que nos abençoou, porque não fiz nada sozinho, muito obrigado a Lucio Flavio, a toda a comissão técnica e aos jogadores, com comprometimento incrível – disse Caçapa.

– Chego ao Rio no sábado à tarde, vou para o hotel, o grupo se apresenta à noite. Não participei de nenhum treino, encontrei com atletas, comissão técnica e diretoria no hotel, à noite, antes do jantar, para um jogo com o Vasco, um clássico. No sábado mesmo nos encontramos, bato um papo rápido com comissão e diretoria. Quando os atletas chegaram, Mazzuco me apresentou, me deu a palavra. Quando olho para cada atleta, o olhar deles já dizia “seja bem-vindo, vamos fazer de tudo para que dê tudo certo para você junto com a gente”. O primeiro olhar de cada um foi impressionante, senti energia positiva ali. Pensei que era impossível dar errado – adicionou.

O treinador do RWD Molenbeek comentou ainda a relação com John Textor.

– Já estive com ele várias vezes, ainda mais agora. No Botafogo mesmo, quando estava no Rio, encontrei com ele, no jogo na Argentina contra o Patronato conversamos também, em Lyon encontrei com ele, aqui na Bélgica também. Ele é bem simpático, ama o futebol, ama o Brasil. Se eu falar que ele ama o Brasil mais que nós… É impressionante, ama o Brasil. Não sei quanto clubes ele gostaria de ter, por enquanto são quatro, está de olho em mais um. É ótima pessoa e é apaixonado por esporte, pelo futebol principalmente – destacou Caçapa, que vê SAFs de forma positiva.

– Se for bom para a organização, acredito que sim. Quando você vê, os clubes que são bem organizados conseguem manter padrão muito alto. Você pega com John Textor o que fez no Botafogo, é algo incrível de dois anos para cá, tirar de onde se encontrava e hoje ser líder do Brasileiro acho que ninguém esperava – frisou.

Com anos de experiência na Europa, Caçapa está com a cabeça focada no RWD Molenbeek.

– Hoje meu objetivo maior é permanecer aqui, acabei de chegar, nem completei dois meses, estou muito feliz com esse projeto e essa oportunidade. Quero ajudar a fazer que o Molenbeek cresça e permaneça na primeira divisão. Com certeza um dia voltarei ao Brasil, quem sabe para um grande clube, mas hoje minha prioridade é permanecer na Europa – completou.

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