Coluna destaca entendimento de Luís Castro por adaptação no Botafogo: ‘Sempre construiu projetos sólidos a médio e longo prazos’

Coluna destaca entendimento de Luís Castro por adaptação no Botafogo: ‘Sempre construiu projetos sólidos a médio e longo prazos’
Vitor Silva/Botafogo

O Botafogo chega à última partida do Campeonato Brasileiro, contra o Athletico-PR, com chances reais de se classificar para a Libertadores, até de forma direta. Um dos responsáveis é o técnico Luís Castro, grande aposta da SAF comandada pelo empresário americano John Textor. Mas não foi tão simples.

O colunista Rodrigo Coutinho, no “UOL”, lembrou que o treinador passou por percalços.

– O técnico português errou muitas vezes em escalações e em leituras de determinados jogos, mas entendeu como um clube na situação do alvinegro precisa se preparar para cada rodada do Brasileirão. Compreender que a Série A é uma liga em que até o lanterna tem jogadores que podem te causar danos foi importante. Para quem vem de fora, isso nem sempre é tão óbvio. O Brasil não tem o campeonato mais famoso e festejado do mundo. Superar os desafios que surgem com o calendário apertado e viagens longas é outra tarefa considerável para manter o nível da equipe e o desenvolvimento físico dos jogadores. Também por isso, o Glorioso teve dificuldades em determinados momentos – explicou.

Rodrigo Coutinho destacou a importância de o Botafogo ter mantido Luís Castro e a capacidade do treinador português de se adaptar ao contexto.

– Luís Castro é um treinador que sempre se notabilizou por montar equipes com organização ofensiva elevada. Pelo nível técnico abaixo das principais equipes do país em parte considerável da competição, não conseguiu impor essa filosofia com facilidade no Botafogo. A montagem de praticamente três times diferentes ao longo de 38 rodadas também dificultou o processo. Ele precisou se adaptar – pontuou.

– O Botafogo tem padrões e organização para jogar com a posse de bola, mas se tornou uma equipe muito mais adaptável ao contexto das partidas em relação ao que Luís Castro fez em sua carreira. A diretoria do clube teve calma para mantê-lo nos momentos mais críticos do ano. O português sempre foi um profissional de construção de projetos sólidos a médio e longo prazos. É neste cenário que sua qualidade aparece. Se o 2023 do time carioca começar com vaga na Libertadores, continuidade de Luís Castro e um elenco ainda melhor, o pontapé inicial da SAF será dado com sucesso, e com profissionalismo acima da média no Brasil, algo que o projeto sempre se propôs a fazer. Trocar de treinador no meio do processo só atrasaria ainda mais o ajuste do time – completou.

Fonte: Redação FogãoNET e coluna do Rodrigo Coutinho (UOL)

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