Colunista mostra preocupação com demora de Botafogo e Vasco na montagem do elenco: ‘Assusta um pouco’

Colunista mostra preocupação com demora de Botafogo e Vasco na montagem do elenco: ‘Assusta um pouco’
Vitor Silva/Botafogo

Assusta um pouco a demora das diretorias de Botafogo e Vasco no processo de montagem do elenco para 2022. Lembrando que os dois clubes que representaram o futebol carioca na Série B deste ano foram presas fáceis no Estadual, ficando fora do quadrangular final. E tenho urticárias quando vejo ou leio incautos dizendo que a primeira competição da temporada não tem serventia, e que o importante é o campeonato nacional, seja ele da Série A ou da Série B. Não é isso, e pensar assim é perigosíssimo.

Devo dizer que, quando um time é todo ou boa parte dele reformulado, os jogos dos Estaduais são como laboratório para o objetivo maior. Mas não falo do clichê. Refiro-me às experiências vitais na montagem de um time competitivo. Avaliações de ordem técnica e tática, mas sobretudo de plano mental. O grau de exigência sob estresse é um termômetro importante: campos ruins, horários inconvenientes, adversários de menor porte, mas bem preparados no aspecto físico e com retrancas traiçoeiras.

Voltando ao Botafogo, lembremos que o time conseguiu se ajustar ao longo da Série B após a chegada de Enderson Moreira. Mas isso não é “via de regra”, não ocorre sempre. Geralmente, salvo raras exceções, os times dos grandes clubes do país que chegam prontos para os estaduais acabam por fazer sólidas campanhas no Brasileiro. Por isso, os dirigentes alvinegros precisam correr para conseguir ao menos três bons reforços, apostando no “fico” do artilheiro Navarro. E a tempo de mostrar serviço no Carioca.

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No Vasco, o cenário é devastador. Completamente perdido em suas escolhas, o presidente Jorge Salgado patina já na montagem da estrutura. E a mais nova informação dá conta de que ele, por ora, abriu mão de um CEO no organograma do departamento de futebol. Por não achar um nome de consenso, deixará a montagem do elenco de 2022 a cargo do gerente geral Carlos Brazil e do técnico Zé Ricardo. Algo perigoso demais para quem tem a obrigação de voltar à Série A este ano.

O Vasco se apequenou e o mais triste é que o clube não mudou no tamanho – nisso ele segue gigante, dimensionado pela apaixonada torcida que o sustenta. Mas é pelo incômodo comedimento de suas ideias, base das ações de pessoas que faziam muito barulho atirando pedras em gestões anteriores e hoje, empossadas, emudecem envergonhados diante da própria incapacidade de fazer melhor. A Nau vascaína parece à deriva, navegando ao sabor do vento à espera de mais um naufrágio…

Fonte: Coluna do Gilmar Ferreira - Extra Online

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