Bruninho, do vôlei, é um ilustre botafoguense, assim como o pai Bernardinho. Mas de onde vem o amor pelo Botafogo? Em entrevista ao “Charla Podcast” no dia 6 de agosto, o atleta contou a história.
– Cara, minha paixão vem desde moleque. Meu pai se tornou botafoguense. A família toda do meu pai, praticamente, é Fluminense. Meu pai tinha um padrinho que era Botafogo. Ele o levou, eu não sei exatamente o ano, num jogo do Botafogo, nos anos 70. Meu pai tinha 10, 11 anos. E aí meu pai se apaixonou pelo Botafogo, que goleou algum rival, eu não lembro qual. Ele conta essa história, mas eu não lembro exatamente. E ele se tornou botafoguense. E aí eu peguei dele, né? Não teve como. E aí eu vivi aqueles anos, né, no clube que eu frequentava aqui no Rio, só ia com a do camisa Botafogo. O meu apelido até hoje, com esses amigos de infância, é Túlio – revelou Bruninho, que hoje vai menos a jogos.
– É, hoje em dia menos, né? Eu sou mais racional também, sabe? Eu já fui muito fanático. Vocês falam assim, tipo, eu e meu pai, mas minha irmão se tornou botafoguense roxa, vai quase em todos os jogos. Ela está com 20 anos. Eu já estou mais velho, eu vou às vezes e tal, mas ela vai em quase todos, Libertadores e tal – acrescentou.
Um episódio marcante para Bruninho foi a final da Libertadores-2024, vencida pelo Botafogo sobre o Atlético-MG. Ele nem sequer assistiu à partida, por motivos profissionais.
– Estava jogando contra o Cruzeiro no dia. Não podia ir. E aí, eu soube que acabou o jogo quando a torcida do Cruzeiro começou a comemorar. No meio do ponto, a torcida do Cruzeiro começa a comemorar, os caras igual malucos lá. Aí começa a cantar a música do Cruzeiro, não sei qual, xingando o Atlético-MG, claro. E aí eu entendi. Inclusive o Rodriguinho jogava no Cruzeiro, era botafoguense. Aí do outro lado, eu falei, “ganhamos”. No meio do jogo – lembrou.
– No primeiro gol, estava no aquecimento do jogo, eu assisti num celular de um câmera, da galera da SporTV. Eu levantei do aquecimento, fui lá ver. Aí quando acaba o jogo, eu soube pelo grito e tal. A gente estava perdendo o jogo 2×0, a gente vira 3×2, ganha lá em Belo Horizonte do Cruzeiro. E aí depois, aí no dia seguinte eu lembro de estar com a camisa do Botafogo no aeroporto. Eu consegui ir no último jogo do Brasileirão contra o São Paulo, gol do Gregore – declarou o atleta.
Aos 39 anos, Bruninho tem o sonho de jogar pelo Botafogo. O que dificulta é o clube não ter projeto forte para o vôlei.
– Cara, já tivemos essa conversa, esse sonho. Eu tive uma conversa com o ex-presidente Durcesio (Mello), né? Algumas vezes, ele tinha um sonho. A gente conversou algumas vezes, ele tinha muito esse sonho. Aí mudou a gestão, agora é o João Paulo (Magalhães Lins). O negócio não andou. Seria meu sonho, digamos assim, fechar a minha carreira. Ainda é, mas eu sei que é difícil, né? Não é simples. A gente depende de iniciativa privada, de patrocínio e tal. Não é simples você colocar de pé um projeto saindo quase do zero. Lógico, você tem um clube por trás, mas é difícil – completou.