Basta o Botafogo não vencer um jogo que a imprensa vem com perguntas sobre 2023. O tema é constantemente refutado pelo clube. Na opinião do comentarista Elton Serra, do “Sportscenter”, da ESPN, o passado não tem mais influência.
– Eu acho que 2023, para o Botafogo, ficou para trás. A gente toca nesse assunto porque o campeonato desse ano ainda não acabou, então você não tem uma referência nova. Você tem a referência do campeonato que finalizou, foi o campeonato do ano passado. O Botafogo acabou perdendo o título, que parecia estar na mão, mão e meia na taça praticamente, perdeu uma vantagem muito boa, e o Palmeiras foi campeão. Mas ficou para trás. Esse Botafogo é melhor, esse Botafogo é um time mais intenso, tem personalidade, no segundo turno não fez seu rendimento cair. Todo time vai oscilar no campeonato, o Botafogo oscilou muito pouco, o problema é que tem times ali também que oscilam pouco. O Botafogo, tem ali o Palmeiras, o Fortaleza que caiu um pouco de rendimento, e o Flamengo. Então é um time que mantém ainda essa liderança, mantém essa distância para o Palmeiras, essa distância pode cair, mas é um time que para mim é muito diferente do ano passado – afirmou Elton Serra.
O comentarista analisou ainda o empate em 1 a 1 com o Criciúma, sexta-feira, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro, e deu méritos ao time catarinense.
– O primeiro ponto importante foi a postura do Criciúma. O Cláudio Tencati colocou o time para jogar no 5-4-1. Era natural que o Botafogo tivesse dificuldades para abrir essa defesa, que fora de casa joga dessa forma. O Criciúma não tem nenhuma vergonha de jogar sem a bola, porque sabe que fora de casa vai funcionar dessa forma. É um time que se fecha com duas linhas e oferece poucos espaços. E o outro ponto é o Gustavo. O nome da sexta-feira foi ele, que realmente foi espetacular. Apesar de ter falhado no gol, foi um cara que manteve o Criciúma no jogo o tempo inteiro – avaliou.
– De um lado, você teve um Botafogo que, por mais que tenha ganhado o repertório, e ganhou mesmo, é um time que teve muita posse de bola, cria muitas oportunidades, mas a melhor versão do Botafogo ainda é o time que tem campo aberto para atacar. De transição rápida, de um contra um com seus pontas, de movimentação do Igor Jesus, de um time que consegue ser letal com três, quatro toques. O Criciúma sabia disso e não ofereceu para o Botafogo o que o Botafogo tem de melhor. Por isso acabou sendo um jogo muito difícil. É claro que é um resultado muito frustrante para a torcida do Botafogo, mas faz parte do campeonato. Nem sempre vai vencer todos os jogos – concluiu.