Comentarista: ‘Algo bom no Botafogo foi o trabalho defensivo. O mais preocupante foi postura de satisfeito com empate’

Comentarista: ‘Algo bom no Botafogo foi o trabalho defensivo. O mais preocupante foi postura de satisfeito com empate’
Vitor Silva/Botafogo

O que teve o Botafogo de bom e ruim no clássico com o Flamengo, nesta quarta-feira, no Maracanã, pelo Campeonato Carioca? No programa “Redação SporTV”, o comentarista Rodrigo Coutinho analisou o lado alvinegro na derrota por 1 a 0.

– O início é problemático, tem problemas para sair da defesa, depois começa a equilibrar a partida. Protege bem a área ao longo dos 90 minutos, com Lucas Halter e Alexander Barboza firmes, tem o centro do campo bem ocupado, passa a sair depois dos 10, 15 minutos, ora em velocidade, ora girando a bola, equilibrou o jogo. Foi um primeiro tempo equilibrado de um jogo muito fraco, de muitos erros, quem se salva é o Tiquinho, que consegue gerar boas jogadas, inclusive quase faz o gol. A questão é depois que o tempo passa, vem o intervalo e o segundo tempo, o Botafogo parecia extremamente satisfeito com o empate. Parecia que o Flamengo tinha dominado amplamente, e não foi assim. Não entendi a postura de não tentar reter a bola, subir um pouco a marcação, incomodar no meio. Foi se acomodando com 0 a 0, aceitando, passou a não contra-atacar mais. A mexida da saída do Tiquinho, um cara que segura a bola na frente, para entrar Savarino e colocar Júnior Santos de 9 é um sinal que vai recuar e jogar em contra-ataque. Talvez não tenha sido a melhor das estratégias. Na prática, funcionou muito mal. O Flamengo mesmo sem criar rondava a área o tempo todo – explicou Rodrigo Coutinho.

– Se tem algo de bom, é o trabalho defensivo. Se defendeu bem o jogo inteiro praticamente. Tem uma coisa que é o capricho do jogo de futebol, tinha um zagueiro muito bem, Barboza, firme no jogo aéreo, sai lesionado, entrada um zagueiro sem ritmo, sai o gol. Gatito foi o principal culpado, a bola viaja para caramba, ele sai mal. Talvez se Barboza tivesse em campo ele ganhava a jogada. São detalhes. O mais preocupante foi essa postura, segundo jogo seguido que cede o resultado no fim. Tem gatilho – lembrou.

O comentarista Francisco Aiello apontou ainda um ponto sobre o treinador.

– Tiago Nunes demora a socorrer o time. Tem o socorro físico. No segundo tempo abre mão de jogar muito pelo desgaste físico de Luiz Henrique e Júnior Santos. Fez alterações muito tarde. Poderia ter socorrido o time na questão física. Fiquei muito surpreso em ver o Luiz Henrique quase 90 minutos em campo, acho que após os 25 do segundo tempo já não tinha condições, o que é natural. Não discordo de que vá para o jogo, mas não é só questão da presença do jogador, é o quão a presença ainda tem qualidade – completou Aiello.

Fonte: Redação FogãoNET e SporTV

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