O Botafogo tem bem encaminhada a vaga na pré-Libertadores, busca a classificação direta, mas já começa a penar em 2026. No podcast “GE Botafogo”, o comentarista Lucas Prata Fortes, o Caju, elogiou o atual elenco alvinegro, mas apontou duas carências importantes no setor ofensivo para o clube conseguir apresentar um futebol melhor e com mais resultado.
– É um elenco qualificado, que tem uma variedade de possibilidades interessante se a gente pensar na média do futebol brasileiro. Mas é carente de duas figuras que são fundamentais nessa ideia de jogo dos últimos três anos: esse atacante que ataca a profundidade e um centroavante mais móvel, que também busque jogo – apontou Caju.
As opções de centroavante no atual elenco do Botafogo são Arthur Cabral, Chris Ramos (que está emprestado pelo Cádiz até junho de 2026) e Mastriani (emprestado pelo Athletico-PR até dezembro). Na avaliação de Caju, Arthur Cabral ainda pode cobrir essa lacuna com mais tempo de preparação, numa boa pré-temporada:
– O Cabral até tenta [ser esse jogador], mas ele não tem a mobilidade. É um bom jogador, ainda mais para a média do futebol brasileiro, mas acho que precisa de tempo de adaptação, fora que vem com a etiqueta do valor alto e a comparação com Igor Jesus e Tiquinho Soares, dois jogadores que chegaram na idolatria. É natural que haja um peso e que ele precise de tempo. O mês de janeiro, até o começo do Brasileiro, com a vaga da Libertadores confirmada, acho que isso pode distensionar esse jogador e fazê-lo virar, talvez, um jogador com mais mobilidade, menos pesado, que possa, por mais que não seja uma característica clara dele, fazer essa posição de voltar um pouco mais e buscar esse jogo.
O comentarista lembrou que, devido à briga societária na SAF, o Botafogo deve ter menos recursos para contratações. Por isso, o setor de scouting terá de ser bastante assertivo ao buscar as peças necessárias para o setor ofensivo.
– Sei que há uma lógica de bastidor que vai pesar muito quando acabar a temporada, sobre perspectivas financeiras do ano que vem, necessidade de diminuir folha salarial, gente com certeza vai sair, e provavelmente uma inteligência de contratação que vai ser diferente, no sentido não de gastar muito, de procurar com efetividade no mercado peças a baixo custo, mas que atendam a certas características. Essa perspectiva de um ataque mais eficiente com as peças que têm precisa também estar amarrada a um contexto de planejamento no ano que vem que seja de dar segurança para esses caras, para quererem se manterem focados e entregarem o que a gente sabe que eles podem, porque a gente já está visualizando isso em campo nessas últimas partidas – encerrou Caju.








