Comentarista no programa “Seleção SporTV” nesta quarta-feira, Rodrigo Coutinho apontou um erro de Renato Paiva no posicionamento de Jeffinho na vitória do Botafogo sobre o Carabobo por 2 a 1 na Venezuela, pela Libertadores. O analista fez críticas ao treinador alvinegro, que tem sido alvo de pedidos de demissão por parte da grande maioria da torcida.
– O aproveitamento de alguns jogadores ontem, para mim, é bem estranho. Sobretudo do Jeffinho. É um jogador que sempre se destacou pelo lado esquerdo do ataque, e quando você olha a escalação, o início do jogo, vê que ele está pelo lado direito… Se ele partisse pelo lado direito, tivesse mais liberdade para circular para dentro, por exemplo, OK, mas ele ficou travado o jogo inteiro pelo lado direito. Quando o Artur entra no segundo tempo, que é o jogador mais habituado a fazer essa função, Paiva coloca o Artur por dentro e mantém o Jeffinho aberto. E aí você tem menos um jogador em campo, porque as características que ele tem são drible na direção da área, flutuação para o centro para buscar uma tabela, etc… – disse Coutinho.
O comentarista ponderou os desfalques importantes do Botafogo, mas repetiu a crítica ao treinador.
– Você analisar o trabalho de um treinador a fundo, com 12 jogos, sendo que, depois do melhor jogo, ele perdeu o melhor jogador do time, que é o Savarino, você tem que dar uns pontos. Quando ele acha aquela formatação com Mastriani e mais Igor Jesus, Savarino saindo da esquerda para dentro e do Matheus Martins fixo pela direita, ele perde o Matheus Martins, e aí ele passa a ter dificuldade para substituir, depois perde o Savarino. Agora eu vou para o outro lado. Nesse um mês e meio, dois meses, ele não conheceu o Jeffinho ainda? Ele não sabe que o Jefinho não é um jogador que não pode ficar preso pelo lado direito? E quando entra o Arhur, que o normal é o Jeffinho sair do lado direito, vir para dentro ou para a esquerda e o Artur jogar pelo lado direito? – questionou.
– É um calendário puxado, o Botafogo estava bastante desfalcado, acho que não dá para minimizar essa questão. A pressão é uma coisa que atrapalha… Com o material em campo, com todo esse cenário, não dá para o Botafogo passar o primeiro tempo inteiro e criar dois ataques relevantes contra o Carabobo e sofrer na segunda etapa. Se você pega o segundo tempo, são 15 minutos iniciais e três chegadas perigosas do Carabobo na área, e o Botafogo não faz nada ofensivamente. Ainda leva um gol ainda, no meio do segundo tempo – observou.
