O ano de 2023 deixou uma marca na torcida do Botafogo. Uma ferida que ainda pode demorar a cicatrizar. Como foi visto no primeiro jogo no Campeonato Carioca de 2024, em que o time venceu o Madureira por 1 a 0 e houve vaias, nesta quarta-feira (17/1), no Estádio Nilton Santos.
– Uma grande preocupação é que essa mágoa, esse sofrimento do torcedor botafoguense, que foi lá e vaiou alguns, o que não soma nada. A comissão técnica vai ter isso de trabalho realmente. Se o torcedor ajudar, vai facilitar esse caminho. Se vaiar, vai ficar muito difícil, não tem como a diretoria trocar todo mundo. É o que mais me pega, vai além de qualquer desenho tático. O que está se desenhando é que o campo vai ter que de novo reconquistar o torcedor, para não prolongar esse sentimento pesado que está começando o ano do Botafogo – afirmou o comentarista Alex Meschini, no “Troca de Passes”, do SporTV.
Ele acredita que o lateral-esquerdo Marçal e o volante Marlon Freitas, os mais vaiados, têm capacidade de mudar a situação.
– É legítimo, mas (vaiar) não vai ajudar. Não é cobrar da torcida, quem sou eu para isso, é comentar. Como é bem no início, esses dois jogadores vão participar e ter que ter força mental que depende deles, com qualidade e experiência deles. São importantes. Isso vai ter oportunidade para ser revertido – crê.
O comentarista Carlos Eduardo Mansur fez outra observação.
– Tem um dado interessante que ajuda a explicar essa carga. A vitória sobre o Madureira foi a primeira desde 18 de outubro, quando (o Botafogo) ganhou o América-MG no Independência. No Nilton Santos, foi a primeira desde 27 de agosto, contra o Bahia. Quase cinco meses. Não é só o retrospecto, é a forma como aconteceram os resultados. É um peso – lembrou.
– Foram jogadores que tiveram uma queda, sim, mas dentro de um contexto. O torcedor tem direito de se manifestar, de forma respeitosa, mas tenho dúvida se é justo. Não acho justo. Acho que o início de campeonato poderia ser tentativa de virar essa página, mas só vai virar com resultado – completou Mansur.
