A decisão do Botafogo de demitir Bruno Lage e apostar, pelo menos de forma interina, em Lucio Flavio e Joel Carli para comandar o líder do Campeonato Brasileiro foi aprovada pelo comentarista Eugênio Leal, da ESPN. Para ele, o bom ambiente interno é meio caminho andado para o time voltar ao caminho das vitórias e segurar a liderança até o fim.
– O ideal seria trazer de volta o Caçapa, mas hoje ele está empregado no outro time do Textor, na Bélgica, e é injusto também com esse clube tirar o técnico no meio do campeonato. Diante disso, acho que a solução é essa, caseira. Lucio Flavio e Carli estão ambientados com o time, participam do processo, conhecem as valências dos jogadores que estão ali, são bem recebidos dentro do elenco e têm tudo para colocar as coisas nos trilhos e voltar a fazer o ambiente ser bom. Não há garantia, mas basta fazer o ambiente interno de novo ser bom para o time responder em campo. São profissionais que conhecem os pontos fortes e fracos, acompanharam os erros e acertos e têm conhecimento de como tentar melhorar eventuais problemas – disse Leal.
– Tendo um ambiente melhor, não tendo um técnico que psicologicamente jogue o time para baixo como o Bruno Lage… Não havia condições dele continuar. Entre correr o risco de trazer outra pessoa de fora, que não esteja ambientada com o Botafogo, o melhor é seguir com quem está lá. E aí, sendo campeão, no final decidem se continuam ou não para o ano que vem – completou o comentarista, durante o programa “F360”.
Eugênio Leal, no entanto, fez uma ressalva diante da notícia de que um grupo de jogadores procurou John Textor para externar a insatisfação com o agora ex-treinador, aumentando a pressão para que houvesse a demissão.
– Entendo que os jogadores tenham demonstrado insatisfação, e entendo que já tinha passado do momento de demitir o Bruno Lage. Mas não acho que o Botafogo deva se deixar administrar a partir da opinião dos jogadores. Essa percepção deveria ser da própria diretoria, antes dos jogadores irem lá colocar. Os jogadores são funcionários do clube, a decisão cabe a quem está do outro lado – frisou.