Comentarista: ‘Botafogo no Brasileiro é que nem a história do Pelé. Escolham o melhor vice-líder primeiro para ver se podem brigar’

Comentarista: ‘Botafogo no Brasileiro é que nem a história do Pelé. Escolham o melhor vice-líder primeiro para ver se podem brigar’
Vitor Silva/Botafogo

O Botafogo segue firme na liderança do Campeonato Brasileiro e avançando na Copa Sul-Americana. A classificação sobre o Guaraní-PAR, sacramentada com empate em 0 a 0 nesta quarta-feira, no Paraguai, foi comentada por Carlos Eduardo Éboli, no programa “Redação SporTV”.

– O time mostra consistência defensiva, mesmo mudando maneira de jogar no meio, sem jogadores abertos, que é o caracteriza o Botafogo, explorar contra-ataque, ter corredor, transição em velocidade. Ontem o Júnior Santos entrou como única referência, Segovinha começou, foi substituído por Luis Henrique, que deu mais força. O Botafogo não fez bom jogo, se apoiou no regulamento, segurou o Guaraní, que teve bola na trave e lance que um jogador atrapalhou o outro, mas também não foi aquela pressão. Nas poucas vezes que o Botafogo teve chances foram em contra-ataques não bem executados, oportunidades de criar chance clara, com quatro contra dois, mas a tomada de decisão não foi correta. Foi uma pressão porque o Botafogo não se encontrou em seu jogo coletivo. Tinha vantagem, construída com dificuldade no Nilton Santos, conseguiu botar o regulamento debaixo do braço e segue adiante na Copa Sul-Americana – explicou Éboli, que fez uma comparação diferente.

– Tem que dar atenção à Sul-Americana porque só pode perde o Brasileiro se a coisa desandar demais, se alguém fizer um turno histórico. Já fiz críticas a Palmeiras, Flamengo e a outros. É que nem a história do Pelé, primeiro definam quem é o melhor argentino para brigar com ele. Tem que se escolher o melhor vice (-líder) primeiro para ver se pode brigar com o Botafogo – frisou.

O comentarista, no entanto, fez ponderações sobre as ideias do técnico Bruno Lage e sobre o substituto de Tiquinho Soares.

– O Botafogo tem um time bem armado pelo Luís Castro, ontem Bruno Lage mexeu demais, o time respondeu mal. Não tem esse elenco todo não. Essa situação do Tiquinho é a ser discutida, não tem ninguém semelhante, que passa nem perto no esquema de jogo. É o melhor jogador do Campeonato Brasileiro, não é fácil substituir. Aumenta a responsabilidade, dobra o trabalho do principal meia do campeonato, que é o Eduardo. Um meia com boa capacidade de chegar na frente, que já foi utilizado na ausência de Tiquinho. Essa chegada dele vai ter que ser mais constante, o meio chegar mais na área, com jogadores fortes pelo lado. Hoje o reserva imediato é o Janderson, que é um centroavante finalizar, enquanto Tiquinho é um centroavante armador, o jogo flutua em torno dele, faz toda a leitura do ataque. Daí a importância dele e a dificuldade de substituí-lo. O modelo de jogo vai exigir um pouco mais dos meias, como Tchê Tchê, vamos ver como o Botafogo vai se adaptar – completou.

Fonte: Redação FogãoNET e SporTV

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