Comentarista: ‘Botafogo de 25 é mais fraco que o de 24, tecnicamente. Reposições não foram feitas à altura’

Carlos Eduardo Éboli, do SporTV
Reprodução/SporTV

Em preparação para as principais competições de 2025, o Botafogo tem como desafio manter o patamar de campeão brasileiro e da Libertadores, títulos conquistados em 2024. Para o comentarista Carlos Eduardo Éboli, o time do ano passado era superior ao atual.

– Eu acho que a gente tem que necessariamente iniciar o nosso raciocínio sempre partindo de uma informação. O Botafogo de 25 é mais fraco que o Botafogo de 24, tecnicamente. As reposições não foram feitas à altura. Para mim isso é um fato. (Perdeu Luiz Henrique, Almada) Assim como saíram algumas opções do banco que entregavam. Então é isso. Renato (Paiva) vai ter que andar – afirmou Éboli, no programa “Redação SporTV”.

– Nunca ficou tão evidente essa situação de que o ano para o time realmente começa em março. De janeiro a fevereiro é para ser desconsiderado no Botafogo – acrescentou.

Na visão do comentarista Rodrigo Coutinho, o Botafogo deixou de aproveitar o tempo do início de 2025.

– Eu acho que isso é um problema, cara, porque assim, por mais que agora zere tudo e o time até pode começar a jogar bem com um novo treinador, com uma ideia de jogo, uma filosofia que os jogadores tiveram três semanas para assimilar, o time pode dar resposta e jogar bem. Mas quando você tem já um lastro de uma pré-temporada, entre aspas, que seria o Campeonato Estadual, com esse trabalho, você economiza tempo. Você adianta algumas observações que você vai acabar tendo que fazer com jogos mais difíceis em andamento, com adversários que te exigem mais, com jogos mais ríspidos fisicamente também, com viagens no meio do caminho e com a necessidade do resultado. A necessidade imediata do resultado, algo que no início ali dos Campeonatos Estaduais é sempre negociado pelos clubes. Eu acho que é uma pena, acho que é muito arriscado o Botafogo fazer isso numa temporada. Tomara que dê certo – apontou Rodrigo Coutinho, antes de analisar o técnico.

– Não sei se o Renato Paiva era a ideia inicial, original do clube, até por não ser um treinador que chegue ao Botafogo no mesmo patamar que outros que foram contratados recentemente. Mas isso não quer dizer que aquilo não possa dar certo, que não tenha conteúdo para fazer um bom trabalho. Ele é o técnico talvez, vamos falar o mais indicado, ainda que o Luís Castro, no Shakhtar, fazia um trabalho muito próximo daquilo que o Renato Paiva monta nas equipes dele. Tentou fazer no Bahia e no Independiente de Del Valle. Ele é um treinador que preza o jogo de posse de bola, de se instalar no campo de ataque, de adiantar a marcação e de um jogo mais posicional. É um treinador que é muito, pelo menos nos últimos trabalhos dele, tanto no Del Valle quanto no Bahia, muito rígido nesse sentido. Negociou pouco a questão da troca de posição entre os jogadores, os jogadores sempre ali na mesma posição. Não estou dizendo que isso possa dar errado ou que isso é errado. Os times do Guardiola jogam assim. Tem várias equipes no mundo, como os times do Sampaoli, os grandes trabalhos do Sampaoli, as equipes jogavam assim também. Mas é necessário o entendimento dos jogadores mais extensos daquilo que é a função de cada um dentro de campo – explicou.

Fonte: Redação FogãoNET e SporTV

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