A conquista da Taça Rio com a vitória por 5 a 2 sobre o Audax marca o fim do Campeonato Carioca e do período de preparação no Botafogo. A partir de agora, a temporada ganha ainda mais peso, com confrontos mais difíceis.
Para o comentarista Carlos Eduardo Mansur, no programa “Troca de Passes”, no” SporTV”, o time ainda precisa evoluir. Como mostrou o jogo com o Audax.
– O Botafogo tem mais uma etapa buscando formação do trio de meio ideal, que ainda não conseguiu ao longo desse início de temporada, e soluções pelo lado do campo. Teve, sempre descontando que o Audax ofereceu menos resistência do que no jogo de ida, bom jogo do Lucas Fernandes. Deixou impressão de time que com a bola foi melhor que nas últimas partidas, encontrou caminho de finalizações, mas mostrou certo desequilíbrio sem bola. O Audax incomodou em alguns momentos mais do que se deveria esperar, ainda mais diante dos desafios que o Botafogo terá – frisou.
– O Botafogo termina essa etapa do ano ainda sem ter time totalmente definido e consolidado, que pareça sólido. Não jogou bem nas últimas semanas. Ainda é um time em busca do seu melhor padrão para fazer um Campeonato Brasileiro relativamente tranquilo. E o adversário na Copa do Brasil é o Ypiranga, que deu trabalho ao Grêmio na semifinal do Gaúcho – lembrou Mansur.
O comentarista considera que há fatores que influenciaram para a equipe de Luís Castro ainda não estar pronta.
– O Botafogo fez algumas construções e ajustes de time ao longo da temporada passada. Como em todas as SAFs, a primeira janela não atendeu todas as necessidades, não vai ter índice de acerto e todos se enquadrarem já na primeira leva. Teve praticamente três times. O time em parte do segundo turno foi bem, terminou o ano dando sinalização de que 2023 podia ser um ano de evolução. A janela de 2023 parecia ser encorpando elenco e tendo leque maior. Mas em dado momento as incertezas não ficaram só dentro de campo, mas também no John Textor com legislação e pagamento de dívidas. Fez muita gente temer ser um processo de desaceleração de investimento. O Botafogo nesse momento vive duas realidades, em campo tentando reencontrar padrão, e fora esperando como vai ser o clube, como a SAF vai direcionar os investimentos – acrescentou.