A forma que John Textor está tratando o assunto manipulação de resultados no futebol brasileiro foi criticada no programa “Seleção SporTV”. O comentarista Pedro Moreno discorda da forma de atuar do acionista da SAF do Botafogo.
– Tem uma diferença dos casos da Máfia de Apito e o de apostas para o de agora. Trataram de maneira silenciosa. Ano passado, a denúncia só veio a explodir quando o Ministério Público de Goiás entrou. Qual a diferença desses dois casos, muito sérios, que mancham o futebol brasileiro, para esse do Textor? A forma como está sendo lidado. Está transformando em palco. Não sei o grande objetivo, se é autopromoção, mas está transformando em palco, em circo. Mesmo que haja alguma coisa, só vamos saber com investigação, a forma que trata não ajuda em nada. Só prejudica o caso. Se há algo, os envolvidos já têm ciência que estão sendo investigado. Isso prejudica até o Botafogo, o clube do qual ele é dono – alegou Pedro Moreno.
O apresentador André Rizek foi outro que estranhou o estilo de atuação de Textor.
– Ano passado ele entregou esse relatório para o STJD, que não tem poder de investigar. É inócuo, não pode pedir para quebrar sigilo, não pode investigar, só pode agir depois. O tribunal não teria condição de investigar. Esse ano Textor faz o certo, de levar para o Ministério Público, mas ao tornar público joga no lixo investigação séria e sigilosa. Lamento o circo que um assunto tão sério como esse virou. Acaba jogando denúncias ao vento e não trata com seriedade – disse Rizek.
O jornalista disse ter conhecimento do relatório de John Textor e até saber quais jogadores na partida Palmeiras 5 x 0 São Paulo são acusados de manipulação no documento.
– Sei desde novembro do ano passado os nomes que o relatório aponta. Por que eu não falo? Seria irresponsabilidade. A quantidade de dirigente que acha que é roubado no futebol é gigante, inclusive Mundial de Clubes. Tem um presidente que tem certeza que o clube dele foi operado, que houve um esquema para prejudicar. Não sou papagaio, que ouço e repito, tenho responsabilidade jornalística. Conheço o relatório. para mim, tem que ser tratado em sigilo, pelos órgãos competentes. Quando Textor diz cinco jogadores do São Paulo envolvidos é uma irresponsabilidade, coloca o elenco inteiro em xeque. Conhecendo o material, não há prova de que manipularam resultados. Sei o nome, mas nunca vou falar. Acho uma irresponsabilidade tornar isso público antes de ser investigado – completou.
