O comentarista Ramon Motta, do SporTV, criticou a declaração do técnico Artur Jorge à “TSF Rádio Notícias” sobre ainda estar avaliando onde será seu 2025. O treinador tem contrato com o Botafogo por mais uma temporada, mas tem proposta do Al-Rayyan, do Catar, e deu diversas entrevistas deixando seu futuro em aberto.
– Ele diz que está avaliando onde será o ano dele em 2025. Mas ele tem contrato até dezembro [de 2025]. Ele está se colocando no mercado sendo que tem contrato assinado. É isso que eu fico assim… Peraí! O 2025 dele é no Botafogo. Ele tem contrato assinado. É claro que jamais um gestor vai manter um técnico que está insatisfeito e infeliz no comando. “Ah, você quer ir para o mercado árabe? Qual clube te quer? Esse clube tem que pagar a multa.” Estou achando que o Artur Jorge está se colocando acima do Botafogo nessa questão de “vou definir onde é meu futuro.” Isso aí eu não concordo. Acho estranha essa fala – afirmou Ramon no “Tá na Área”.
Outro comentarista na mesa do programa, Ricardo Gonzalez afirmou que a permanência de Artur Jorge seria melhor para o Botafogo do que qualquer contratação de jogadores e acredita que o treinador está se valorizando. Por outro lado, alerta que o Glorioso precisa ter um plano B engatilhado.
– O Botafogo precisa ver o lado dele. Estou imaginando que o John Textor e todo o staff diretivo do já tenham ali, pelo menos, alinhavado um plano B. Porque, se depois do Natal, das festas, o Artur Jorge resolve não continuar, é preciso ter uma sequência. Por mais que o Botafogo descubra um treinador com as mesmas características ou com a mesma visão de jogo, a mesma proposta, sempre há uma mudança, uma mudança de estilo e isso exige um tempo mínimo de adaptação, que não pode ficar para cima da hora porque o calendário do Botafogo para o ano que vem é pesado, e o sarrafo está lá em cima – disse Gonzalez.
– O Artur também tem que ver o lado dele, mas o que me incomoda um pouco nessa situação é a demora para definir. Ele está vendo a situação dele, está valorizado, avaliando os prós e contras de eventualmente sair por cima e virar um personagem mítico, como Jorge Jesus virou no Flamengo… – completou.