Comentarista critica planejamento do Botafogo: ‘Para mim, está atrasado. O que aconteceu ano passado é difícil, é raro’

Carlos Eduardo Éboli, do SporTV
Reprodução/SporTV

Comentarista do “Redação SporTV”, Carlos Eduardo Éboli criticou o planejamento do Botafogo para a temporada 2025. Para o jornalista, o clube deveria estar mais adiantando em seus processos.

– E ninguém fala, né? Quem tinha que falar não fala. Pelo menos aqui não fala, fala lá fora. O Textor não dá as caras aqui e centraliza muito as decisões. Então, é hoje um planejamento que gera muita dúvida, em quem analisa, em quem torce. Eu acho que em quem está lá dentro também. Para mim, já é um planejamento atrasado. “Ah, mas o ano passado”, ano passado foi ano passado. O que aconteceu no ano passado é difícil de acontecer em qualquer circunstância com qualquer clube. O encaixe que ele teve, as duas conquistas maiores, isso é um ano raro – apontou Éboli.

– Eu esperava uma sequência de trabalho. Essa sequência foi totalmente quebrada. Uma, não por vontade do Botafogo, foi a decisão do Artur Jorge. E depois, há necessidades comerciais, né? Hoje, a Eagle Holding, do John Textor, tem que estar pagando lá os incêndios dele. Então, ele tem necessidades, coisas, questões já previstas em contrato. Ninguém pode se dizer surpreso com a saída do Almada, estava prevista em contrato. A saída do Luiz Henrique estava prevista em contrato. Luiz Henrique é um movimento, para mim, muito estranho até, que vai além de um desejo de voltar para a Europa, ele vai para um cenário europeu que não dá nenhuma visibilidade ao jogador. Um movimento estranho, classifico como estranho. Tem as amarras aí com o empresário também, a gente sabe que existe, a questão final é do jogador. Você tem combinações entre jogadores e staff. Muitas vezes, impulsiona o jogador para o destino que nem é o desejo dele. E tem outras questões também que podem empurrar o jogador para longe dos holofotes – acrescentou.

Na visão de Carlos Eduardo Éboli, os reforços e o time alternativo ainda não são o suficiente para a temporada do Botafogo.

– O Wendel eu acho que é uma boa contratação, o Artur é uma boa contratação, mas não é no nível do Luiz Henrique, não é no nível que seria do Almada. Artur é um jogador que vai chegar no elenco, mas não vai dar aquele diferencial ao elenco do Botafogo. Lógico que ainda tem uma base boa ali, o entendimento, mas perdeu completamente o banco, as opções de banco. Então é muito enxuto para uma temporada longa, maior do que o ano passado, com o Mundial no meio do ano. E dá para tirar muito pouco, quase nada desse trabalho do Carlos Leiria, porque ele pouco mexeu na equipe. Você pode falar, o primeiro jogo, o Frankstein lá do Botafogo não deu certo, uma combinação diferente, mas ele sustentou esse time por cinco rodadas. E a evolução foi mínima, mínima, ninguém vai ser aproveitado direito – cornetou.

Fonte: Redação FogãoNET e SporTV

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