Comentarista ‘culpa’ gramado sintético do Estádio Nilton Santos por lesão de Calleri em Botafogo x São Paulo: ‘Grama não solta’

Calleri em Botafogo x São Paulo | Campeonato Brasileiro 2025
Reprodução/Premiere

Comentarista do SporTV e ex-baterista dos Titãs, Charles Gavin relacionou a lesão de Calleri, do São Paulo, ao gramado sintético do Estádio Nilton Santos, no jogo com o Botafogo, na última quarta-feira (16/4), pelo Campeonato Brasileiro. Para ele, o tipo de piso afetou no rompimento do ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho esquerdo do atacante, que vai passar por cirurgia e parar por até nove meses.

Um dado aqui, importante, que é na contusão do Calleri, a lesão acontece no Estádio Nilton Santos, que tem gramado sintético. A contusão é estranha, porque ele está sozinho na jogada, né? Tem um outro jogador, tem outro do Botafogo. Ele fica com o pé preso. De novo. O pé de apoio. Está acontecendo isso, a gente tem que prestar atenção nisso. Esses gramados sintéticos, o número de lesões que ocorrem em partidas que são realizadas nessas condições, nesses lugares. É uma contusão estranha, parece que o pé prende ali na grama, porque em gramado sintético a grama não solta. A grama está presa – disse Charles Gavin.

Já o comentarista Tim Vickery apontou outro fator para ser conversado.

Eu acho que esse é um debate muito importante, muito amplo. Porque esse é um debate sobre modelo de negócio de futebol brasileiro. Se o futebol vai custear a coisa toda, ou se o estádio, basicamente, é até para shows. Partidas e shows. O argumento dos jogadores, os jogadores com grande experiência na Europa, é que o gramado natural dá para melhorar. O gramado sintético nem tanto. Eles estão chegando de um ecossistema de futebol onde o futebol é o carro-chefe. O estádio não é lá para ter shows. Isso é diferença. Então, isso é um modelo de negócios. Grama sintética faz parte de um modelo de negócios de uma arena que vai ter shows para faturar. E os jogadores com experiência na Europa estão falando, não, o futebol brasileiro não precisa disso. Eu acho que isso é um debate muito interessante – apontou Tim Vickery.

Na verdade, nós temos excelentes gramados de futebol brasileiro. Os de Corinthians, São Paulo, Internacional. Nessas arenas de futebol europeu, por exemplo, que os estádios são ligados com arenas para eventos, shows, por exemplo, o gramado é retrátil. Então, você não leva o gramado. Quando tem arena, o gramado sai. Como acontece na Inglaterra, acontece na Espanha, sei lá. Entra um outro piso, o show acontece. Quando vai ter o jogo, o gramado volta. Nós não temos isso. Então, daí, porque é muito caro esse sistema – completou Charles Gavin.

Fonte: Redação FogãoNET e SporTV

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