A melhor atuação do Botafogo sob comando de Renato Paiva. É assim que Paulo Cesar Vasconcellos analisa a vitória por 2 a 0 sobre o Fluminense, neste sábado, no Estádio Nilton Santos, pelo Campeonato Brasileiro. Ele destacou o nível do time alvinegro no clássico.
– Efetivamente, foi a primeira semana desde que assumiu no dia 3 de abril, que o Renato (Gaúcho) teve seis dias pra treinar essa equipe. E o que ele viu no primeiro tempo? Foi um Botafogo predominante. No segundo tempo, uma partida mais equilibrada, mas sempre que chegava ao ataque, o Botafogo era ameaçador. É claro que houve um impacto desfavorável ofensivamente na equipe do Botafogo, com as saídas do Mastriani e do Matheus Martins e as entradas do Artur e do Elias Manoel, que não corresponderam às expectativas que certamente o Renato Paiva tinha sobre eles. Contrabalançou com a atuação de um meio-de-campo muito firme, Gregore, Marlon Freitas e Savarino especialmente foram jogadores de muita movimentação, e o Igor Jesus, que primeiro com a presença do Mastriani, pela mobilidade e pela movimentação sobressaiu, e depois, mesmo com a entrada do Elias Manoel e a saída do Mastriani, continuou a se sobressair. Eu diria pra vocês, amigos, que sob a orientação do Renato Paiva, o Botafogo tinha feito uma boa partida contra o Palmeiras na abertura do Campeonato Brasileiro, depois entrou num processo de involução, e esse jogo foi um que, de certa maneira, fez o Botafogo se reencontrar com aquele desempenho da estreia, na verdade, nem se reencontrou, ele teve um desempenho superior àquele apresentado diante do Palmeiras – apontou PC Vasconcellos, no “Troca de Passes”, do SporTV.
O comentarista Roger Flores enalteceu a estratégia de Renato Paiva e a atuação do time.
– Está na conta do Renato, porém, foi uma boa partida dos seus principais jogadores também, tecnicamente. Porque esse é o ponto que não vinha acontecendo. Então, esses elementos encaixaram a boa percepção e o teste que ele fez. Quando eu falo teste, é no treinamento, para ele poder executar no campo de jogo. Então, foram modificações, foram entendimentos. E também não adianta você fazer a modificação se os seus atletas não conseguem entender a modificação que está acontecendo e não executar de maneira fiel aquilo que o treinador fez. Então, isso foi um conjunto de fatores que deu certo no Botafogo – disse Roger Flores.
– O Vitinho jogou muita bola. O Marlon e o Gregore tomaram conta do meio-campo, foram muito ativos. E isso faz muita diferença pro Botafogo. Costumo dizer que são o coração do Botafogo esses dois jogadores. E, principalmente, o Savarino e o Igor Jesus jogaram muita bola. Com essa modificação que fez e surpreendeu o Fluminense na hora da marcação, o Fluminense não conseguiu encaixar a marcação no primeiro tempo em nenhum momento. E a verdade é que era para o Botafogo sair com pelo menos três gols. O Fábio fez duas defesas importantíssimas, o Igor botou uma bola na trave. No segundo tempo, eu acho que o Renato (Gaúcho) entendeu, encaixou melhor a marcação. O jogo ficou mais equilibrado – analisou Roger.
