Líder do Campeonato Brasileiro, o Botafogo já venceu times considerados pela mídia como favoritos inicialmente, como Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Atlético-MG. A força alvinegra foi destacada no programa “Redação SporTV”. O comentarista Rodrigo Coutinho analisou a vitória por 1 a 0 sobre Alviverde e destacou pontos importantes no Glorioso.
– O Botafogo era quem precisava se provar, o Palmeiras é estabelecido, sólido, não me sinto confortável de dizer que ainda é o melhor time do Brasil depois de ontem, mas é difícil jogar mal. Não fez jogo ruim. O Botafogo consegue anular muito bem a construção do Palmeiras por dentro. Na segunda etapa, volta melhor, com entrada de Segovinha no lugar do Júnior Santos. São jogadores bem diferentes, Júnior Santos é cara de muita velocidade, habilidade, força física. O lance do gol é jogada que ele inicia, vence lá atrás, sai arrastando e leva falta. Segovia é jogador de drible curto, enfia bolas sensacionais nos contra-ataques, vi o jogo muito por esse lado – disse Rodrigo Coutinho.
– É uma decepção? O Palmeiras jogou abaixo do que poderia? Sim. Mas não vejo jogo ruim, o Botafogo se defendeu e bem. Em vários jogos não dominou o adversário o tempo inteiro, mas tem um aspecto fundamental, é forte nas duas áreas, protege a área muito bem dois zagueiros fazendo excelente campeonato, Adryelson sobretudo, Lucas Perri baita goleiro e lá na frente é o Tiquinho Soares, que dispensa apresentações – opinou.
O comentarista Marcos Lucas Valentim foi outro a falar sobre o jogo deste domingo.
– Um ponto fundamental da performance, me surpreendeu quando tira Júnior Santos e volta com Matías Segovia. São completamente diferentes e tinha componente tático de segurar o Piquerez. Acaba que tem efeito reverso, Matías obriga Piquerez a ficar lá atrás e não atacar. Por pouco não saiu o segundo gol. Também não acho que Botafogo foi brilhante nem que Palmeiras foi ruim. Tem um pilar que é o Adryelson, o que joga é brincadeira, só não foi o melhor em campo porque tem o Tiquinho. Mas tem se mostrado um monstro na área. O Palmeiras teve mais posse, mas não quer dizer que foi um amasso. O Botafogo ganha sem ser superior porque acompanha uma dose cavalar de eficiência, de eficácia e de sorte – apontou Marcos Luca Valentim.
– Esse é o estilo do Botafogo jogar, intensidade defensiva e ofensiva, muita entrega, focado, quando tiver oportunidade vai matar o jogo. E o adversário vai pagar a conta. É muito letal esse Botafogo, sabe se defender muito bem, tem sistema defensivo muito compacto, e é eficiente – elogiou.
A comentarista Joanna de Assim também analisou o duelo.
– Foi a final antecipada, jogo mais observado, praticamente 40 mil palmeirenses no estádio. O Palmeiras com certo controle, dominante, mais finalizações, o Botafogo na primeira chance fez o gol com Tiquinho Soares. Por mais que Palmeiras tenha tentado correr para virar ou empatar, não conseguiu. Diria que o Botafogo fez jogo mais eficiente, palavra muito utilizada pelo Abel Ferreira. A verdade é que o Botafogo teve uma chance, matou com Tiquinho Soares, teve boas oportunidades e levou até mais perigo que o Palmeiras, que estamos acostumados a ver ser bastante agressivo, mas faltou criatividade. Não é uma derrota que assusta o torcedor palmeirense, mas havia uma vontade de dar uma resposta, agora são duas derrotas consecutivas – completou.
