O comentarista Renato Rodrigues destrinchou, no programa “Sportscenter”, da ESPN, os gols sofridos pelo Botafogo na derrota para o Vasco por 4 a 2 para destacar a passividade, o espaço entre as linhas e a falta de pressão no homem da bola do adversário, pontos que o técnico Tiago Nunes precisa ajustar neste começo de temporada.
No primeiro gol, marcado Galdames no primeiro tempo, Renato Rodrigues chamou a atenção para o erro na hora de subir as linhas quando o Vasco está saindo da defesa e a liberdade dada aos atletas adversários, em especial Payet, principal meia do clube cruz-maltino, que fez a assistência.
– É importante destacar principalmente a passividade e a desorganização, a não compactação do Botafogo. No primeiro gol do Vasco, o Botafogo sobe para marcar, mas não sobe totalmente. Quando sobe para marcar, tem que subir o time todo. Saindo assim, a sanfona abre. O Zé Gabriel tem grande tranquilidade para atacar. Em três toques, o Vasco já matou duas linhas de marcação do Botafogo. Chama a atenção como todos os jogadores do Vasco recebem a bola sem pressão. O Payet recebe a bola sem pressão nenhuma, é muito espaço que se dá para ele – mostrou Renato.
– (No segundo gol, de Lucas Piton) Percebam a tranquilidade que os jogadores do Vasco têm para receber, dominar, pensar… Mais uma vez, o Botafogo avança um pouco e o Vasco quebra mais duas linhas de marcação. O Galdames tem muita liberdade para carregar e inverter para o Piton – analisou.
No último gol, marcado por Vegetti, num lance de infelicidade de Gatito Fernández, Renato Rodrigues também chama a atenção para a tranquilidade que o Vasco teve para carregar a bola, depois de um passe errado de Lucas Halter no campo de ataque.
– O Vasco conseguiu recuperar a bola, e olha a retomada do Botafogo! O Piton carrega a bola com uma tranquilidade gigante. O Botafogo até se organizou, mas não adianta se colocar atrás da linha da bola e não pressioná-la. Olha o espaço que fica entre os setores de marcação! – disse Renato, concluindo:
– Teve muita passividade do Botafogo, chamou a atenção como o time estava longe um setor do outro, quando se coloca atrás da linha da bola ninguém pressiona, ninguém chega… Não sei se há uma queda física também. Para o botafoguense, olhar esse tipo de coisa preocupa.