A postura de John Textor com fortes denúncias sobre manipulação de resultados no futebol brasileiro tem gerado reações contrárias, como de clubes e instituições. Para o comentarista Paulo César Vasconcellos, do “SporTV”, o acionista da SAF do Botafogo erra na forma de atuação.
– O que é lamentável na situação é que o Textor deveria se preocupar em construir pontes com presidentes de clubes brasileiros. Se tem intenção processo de depuração do futebol brasileiro tem que construir pontes, não inviabilizar diálogo. A postura que ele adotou lançando acusações que até agora não se tem prova inviabilizou o diálogo com Leila Pereira (presidente do Palmeiras), com Julio Casares (presidente do São Paulo), com quem ele poderia estar conversando e discutindo esse problema aqui, ver o que acham. São pessoas com mais convivência no futebol brasileiro, que poderiam contribuir. Se há problemas no futebol brasileiro, e eles existem, Leila e Julio querem resolver. Em vez de transformar em parceiras, construindo pontes e canal de comunicação, não faz – disse PC Vasconcellos.
– A partir da semana que vem volta e meia alguém vai fazer insinuação no Campeonato Brasileiro. O terreno da insinuação é trafegado por dirigentes de todos os clubes, técnicos, integrantes de comissão técnica. Vamos naturalizando no processo de naturalizar muitas coisas erradas, que deveríamos combater. Vivemos e convivemos com a sequência de insinuações. Mas insinuar não é acusar. Vão insinuar na Série A e na Série B, o ambiente fica tóxico. Mas quando sai da insinuação para acusação é diferente – ponderou.
O comentarista Carlos Eduardo Lino afirmou que não há mais como John Textor se retratar.
– Ele foi além, colocou algo muito grande, a dignidade alheia. A partir daí, entrou em caminho sem retorno. Não basta mais pedir desculpas. Ou prova ou ele vai ter que passar adiante de algo maior que ele, que é a lei. A reação dela (Leila) é um ponto de não retorno, não estamos mais nos estágios das desculpas. Não é mais um fanfarrão, ou prova ou vai se discutir na Justiça – completou Lino.