O Botafogo viu o cenário se repetir mais uma vez. Começa bem um jogo, abre o placar, leva gol e não consegue mais reagir. Com esse roteiro, perdeu por 4 a 2 para o Vasco, neste domingo, no Estádio Nilton Santos, pelo Campeonato Carioca. A comentarista Jéssica Cescon, do “Redação SporTV”, citou pontos positivos no time, mas voltou a lembrar a parte psicológica.
– É bem complicado, mas acho que isso faz parte. É muito difícil esperar que torcedor abstraísse tudo que aconteceu ano passado. A cobrança é natural, o jogador tem que estar preparado para se resolver diante disso. O elenco do Botafogo é bom. Teve momentos em que o Botafogo estava melhor, mas vai tomando os gols e se abate de maneira que perde totalmente a fé no trabalho que desenvolve durante a semana, vira um “nada do que a gente faz dá certo”. Se abate mais que o próprio torcedor. Tiago Nunes diz que uma sequência de vitórias mudaria isso. Vi um Tiquinho que me lembrou mais o do ano passado, saindo, finalizando fora da área, fez pivô no gol do Eduardo. Ainda não é o Botafogo do ano passado, precisa assimilar as ideias do Tiago Nunes, ma o que me impacta é o emocional, o time se abate com facilidade enorme sem conseguir esquecer 2023 – destacou Jéssica.
No programa, os comentaristas debateram as falas de Tiago Nunes, que divulgou vídeo com explicações nesta segunda.
– Com todo respeito ao Tiago Nunes, acho interessante ele ter se pronunciado de novo, mas a frase que tem jogadores pedindo para não ter sequência não é questão de recorte. Está em longa resposta sobre as repercussões de 2023, cita de fato que precisa de mais jogadores, mas chegou a dizer que tem jogadores pedindo para não ter sequência. Quando veio outra pergunta, colocou de maneira diferente. Minha dúvida é se ele se colocou mal ou quis contornar essa situação, entendendo que seria expor ainda mais jogadores que estão sob olhar da arquibancada – frisou Carlos Eduardo Mansur.
– É injusto o torcedor fazer leitura de tudo que pensa Tiago Nunes por um recorte na internet. Talvez a frustração dele e o pronunciamento sejam para evitar isso. Estamos em uma era de imediatismo, ninguém quer ver 30 minutos de coletiva, lê tuíte apenas, mas ele usou a frase. Talvez se expressou errado ou talvez aconteceu e não queria ter externalizado. O desejo dele era sacar alguns jogadores para preservar da pressão e poder contar com o elenco. Mas usa frase que não é adequada. De qualquer maneira, para ter se pronunciado novamente é porque essa frase abala as estruturas, internamente não deve pegar bem não – completou Jéssica Cescon.