A derrota por 3 a 1 para o Peñarol e o desempenho do Botafogo no estádio Centenário, em Montevidéu, foram o de menos. No programa “Sportscenter”, da ESPN, o comentarista Breiller Pires entendeu a estratégia do Glorioso, que garantiu classificação para a final da Libertadores com placar de 6 a 3 no agregado.
– O time encaixou, mas o quarteto ofensivo foi descaracterizado nesse jogo. Até por isso, pela forma que entrou, poupando jogadores, é possível relativizar o desempenho. Não foi o Botafogo que a torcida está acostumado a ver nos grandes jogos, mas foi o Botafogo possível. Ao jogar com vantagem tão grande, o time sente margem de administrar. Com mudanças, perdeu capacidade de saída e transição, o que tem de melhor. Tchê Tchê teve dificuldade na função que atuou, o time jogou diferente, teve mudança na saída de bola sem Gregore, são mudanças que fazem diferença – explicou Breiller Pires.
– Não coloco peso na atuação e em ter sofrido, porque além da vantagem e do foco, poupando, tinha o clima do jogo, muito bélico. O Peñarol estava tentando enervar, provocar, subindo a temperatura da partida. Isso faz o time ter comportamento explosivo que o Botafogo soube administrar. Diante de tudo, a única baixa é o Mateo Ponte, um reserva. Não perdeu titulares para a final, carimbou a classificação, cumpriu todos os requisitos que se esperava. E a primeira final, um feito histórico – destacou Breiller.
O Botafogo vai decidir a Libertadores no dia 30 de novembro contra o Atlético-MG, em Buenos Aires. Antes, foca no Campeonato Brasileiro.