Comentarista elogia Tite, mas aponta ‘erro conceitual’ de John Textor em pensar no treinador para o Botafogo

Tite, ex-técnico da Seleção Brasileira
Lucas Figueiredo/CBF

Tite é a bola da vez no Botafogo, de acordo com a imprensa. O treinador já recebeu contato de John Textor e surge como possível nome para comandar a equipe em 2025. O que causou estranhamento no jornalista Luciano Mello, no programa “Redação SporTV” desta terça-feira (4/2).

O interesse no Tite e a possível contratação dele, as duas coisas para mim, são um erro conceitual do Textor. Vou explicar por quê. Eu gosto do nome do Tite, acho melhor do que vários desses citados, como Rafa Benítez e Tata Martino. Eu traria o Tite muito antes desses aí também. Para mim, é um erro conceitual por quê? Porque, na semana de virada do ano, nos últimos dias de dezembro, primeiros dias de janeiro, eu não lembro qual veículo publicou o nome do Tite, e aí, vários jornalistas foram perguntar para o Textor, que dizia o que não queria o Tite “porque não se enquadra no modelo que eu penso para esse Botafogo” – iniciou Luciano Mello.

E aí, é uma contradição direta com o que o Textor está pregando, inclusive, que não é ter pressa porque tem um processo, por precisar achar o treinador ideal para o modelo. E com todas as questões de atraso de planejamento que a gente está falando aqui, tem que respeitar o processo do Textor. No ano passado, deu certo, ele ficou um mês e meio para contratar o Artur Jorge, o Fabio Matias comandou um time na pré-Libertadores, aquele confronto com o Bragantino, deu tudo certo. “Ah, quer dizer que sempre vai dar certo?” Não. Mas se você está pregando, desde o ano passado, desde que o Textor assumiu, a paciência, ele esperou o Luís Castro sair da Copa do Catar para chegar ao Botafogo, ele está conceitualmente equivocado ou, no mínimo, se contradizendo, se depois de um mês que ele fala “esse treinador não se enquadra no meu modelo”, é porque bateu o desespero, porque perdeu para Flamengo, o que aconteceu? Conceitualmente é um erro esse interesse do Textor no Tite. E acho que o Tite tem todas as condições de fazer um ótimo trabalho no Botafogo – analisou o comentarista.

Pedro Moreno foi outro que elogiou Tite, mas ponderou sobre a forma de jogar do treinador.

O Tite, assim, na verdade, me estranhou ter feito um trabalho muito abaixo da média no Flamengo. Porque, nos últimos anos, se a gente for pegar o principal treinador brasileiro, é o Tite. Agora, o trabalho dele no Flamengo de fato foi bem abaixo. E, realmente, se a gente for pegar de ideia do Botafogo nas duas últimas temporadas, o Tite não é exatamente o treinador que reproduz esse tipo de jogo. Em determinado momento, até na Seleção Brasileira, a gente tinha um time que era, de certa forma, uma organização que a gente sempre viu nas equipes do Tite e, ainda assim, era um time que conseguia fazer gols, encontrar espaço, aplicada até algumas goleadas, mas não é o normal do trabalho do Tite. O trabalho do Tite não é marcado, não é de ser um time ofensivo, tão ofensivo como a gente viu no Botafogo nos últimos anos. Acho, também, que pode chegar e pode fazer um grande trabalho, agora, de fato, vai representar uma ruptura nessa ideia que a gente tem visto do Botafogo nos últimos anos – explicou o comentarista.

Fonte: Redação FogãoNET e SporTV

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