A atuação do Botafogo na derrota por 2 a 0 para a LDU, em Quito, que selou a eliminação na Libertadores, causou estranhamento no comentarista Charles Gavin, do “Redação SporTV“. Ele lamentou a exibição ruim tecnicamente da equipe.
– Eu também fiquei chateado com a derrota. Sobretudo, da forma como foi. Essa bola estava meio que cantada, jogar na altitude, com o placar de 1 a 0 apenas, a gente sabe, pelo histórico da Libertadores, o que isso representa. Agora, apesar disso tudo, e da gente já saber que essa possibilidade existe, eu diria que a atuação do Botafogo, eu classificaria como irreconhecível – explicou Charles Gavin no programa desta sexta-feira (22/8).
– No primeiro tempo, o Botafogo, se eu não me engano, não conseguiu reter a bola nos pés por mais de 30 segundos, quase que nunca. Salvo uma vez ou outra, você soma o tiro de meta, ou for uma cobrança de lateral, mas assim, o grosso do primeiro tempo, que terminou em 1 a 0, ficou de graça esse 1 a 0. A LDU não teve muitas chances, mas o que me assustou foi a baixa qualidade técnica do time do Botafogo. Alex Telles, lateral de seleção, fez uma partida irreconhecível. Errou praticamente em quase todas as partes. Ele mesmo, pelo vídeo, você já dava para ver que ele reconhecia que ele não estava bem. Não só ele, mas todo mundo. O Botafogo não estava bem de uma forma geral – frisou.
O comentarista fez até uma comparação com o jogo contra o PSG na Copa do Mundo de Clubes, em junho.
– Eu pensei, bom, no segundo tempo alguma coisa precisa ser mudada, porque não vai suportar a pressão que existiu no primeiro e no segundo tempo do time. O Botafogo não conseguiu jogar. E lembro, em algum momento, eu pensei isso está parecendo Botafogo e Paris Saint-Germain. Só que o Botafogo venceu. Mas era um outro Botafogo, com outros jogadores. No qual o Paris Saint-Germain dominou a partida, muito mais de posse de bola do que outro, mas era um ataque contra a defesa. No caso, o Botafogo perdeu e não conseguiu jogar absolutamente, rigorosamente nada – disse Gavin.
– Eu não gosto do time dos equatorianos, porque eles exageram na força física. Então era muito difícil. Teve uma chance, poderia ter feito um 1 x 0. Não fez. Teve uma outra chance. O Botafogo também não fez. Mas assim, fora isso, o Botafogo não agrediu a meta. O Botafogo só jogou alguma coisa quando o zagueiro deles foi expulso por uma jogada horrorosa, poderia ter quebrado a perna. Aí o Botafogo virou o Botafogo e tentou algo – resumiu.