Colunista do “Extra” e comentarista no “Redação SporTV”, Gilmar Ferreira deu sua opinião sobre a fase do Botafogo. Ele criticou o trabalho de Bruno Lage, demitido na última terça-feira, e destacou que os jogadores de certa forma chamaram a responsabilidade para si para a reta final do Campeonato Brasileiro.
– Luís Castro quando saiu foi com a narrativa, o discurso, de que o Botafogo está pronto, na estrutura de jogo, mentalidade vencedora, já sabem o que tem que fazer para conquistar o título. Técnico neste momento é apenas uma assessoria, um condutor. Ele deu aos jogadores o sentido de grupo, reforçando a autoestima do grupo, que passou a ser um ponto diferencial naquele recorte. Estamos falando dos três primeiros meses da competição. Em julho, Caçapa manteve e reforçou a autoestima, colocando jogadores que não estavam sendo tão utilizados, como Carlos Alberto. A crítica maior é que o resultadismo do Bruno Lage é muito ruim. Teve aproveitamento de 45%, venceu quatro jogos, nenhum fora, fez experiências estapafúrdias. Ele tirou, fez baixar a autoestima dos jogadores, que era o diferencial. Neste momento, a leitura é que os jogadores chamaram a responsabilidade. Não sei se eles convocaram a reunião ou se foram cobrados a se manifestar. Acho que podem ter sido chamados a falar. Chamaram a responsabilidade, agora é com eles – disse Gilmar Ferreira, no “Redação SporTV”.
O comentarista ainda levantou uma hipótese sobre o técnico português.
– Será que Bruno Lage também já não estava arrependido de ter vindo? Não comprou a sintonia com a torcida, não teve percepção do papel dele na estrutura. Não vou dizer que cavou demissão, mas tirou fardo. Ele não ia ganhar, só ia perder o Campeonato Brasileiro. Se ganhasse, era o trabalho do Luís Castro, financiado pelo John Textor e com ajuda dele e do Caçapa. Não era um título dele – frisou.