No intervalo do jogo contra o Red Bull Bragantino, o capitão do Botafogo, Marlon Freitas, reclamou do gramado seco do Estádio Nabi Abi Chedid, que não foi molhado antes do jogo e apresentou um aspecto bem feio. A situação chamou a atenção dos comentaristas do programa “Linha de Passe”, da ESPN.
Paulo Calçade fez ironias sobre o que acharia Jürgen Klopp, que visitou o clube paulista no começo do ano como novo chefe global de futebol do grupo Red Bull. E deixou claro que a situação deveria ser regulada se houvesse uma administração séria no futebol brasileiro.
– O que diria o Jürgen Klopp de não regaram o gramado antes do jogo, o consultor deles? A administração pode baixar normas, a La Liga faz isso, os grandes campeonatos fazem isso. Normas, altura do gramado, para não sair briga, de 18 a 24mm, por exemplo. Você não pode sair disso. Você não pode deixar crescer a grama 15 dias antes de receber um time mais qualificado tecnicamente. Rega-se em tal horário, tal horário e antes do jogo. Isso é tudo padrão, dá para fazer. É só ter alguém olhando para o futebol com carinho que funciona – afirmou Calçade.
O comentarista Eugênio Leal acredita que foi uma estratégia do Red Bull Bragantino para inibir o jogo de velocidade e força do Botafogo.
– Imagino que ele [Klopp] acharia um absurdo. Cada um usa como estratégia. O mandante define como é que vai ser, de acordo com seus interesses. Os jogadores reclamaram do campo muito seco, que não foi molhado. Vimos que o campo não está bonito. Mas, assim, não está irregular. Só que não regaram o gramado, não molharam e a bola prendia um pouco. E esse tipo de Botafogo está precisando muito. É uma ideia de jogo que já vem há três anos, desde o Luís Castro – observou Leal.
