Luís Castro já foi definido por John Textor como seu “sócio” no Botafogo. O português foi escolhido pelo empresário norte-americano para comandar o futebol alvinegro, fazendo uma função até mais abrangente do que apenas técnico do time principal. Comentarista das Rádios Globo e CBN, o jornalista Rafael Marques falou sobre a importância do treinador e da sua condição peculiar no Glorioso.
– O Luís Castro é seguramente o único técnico no Campeonato Brasileiro que é manager, que é parceiro do John Textor, é uma espécie de assistente de quem coloca a grana para montar o time. Ele ficará no Botafogo o tempo que quiser ficar e não há nada que determine que ele vá sair, a não ser tão somente a vontade dele ou se houver algum problema de relação com o Textor, e não há nenhum indicativo de que isso vá acontecer. É uma relação que não existe em nenhum clube do Brasil. Podemos debater se é certo ou errado, há prós e contras, mas o torcedor do Botafogo precisa entender que não adianta protestar, e ele termina a temporada em alta com a torcida – afirmou Marques.
O comentarista listou cinco fatores positivos e cinco negativos na campanha do Botafogo no Campeonato Brasileiro e disse que a torcida alvinegra precisa enxergar o “copo meio cheio”. O Glorioso teve muitos titulares que só chegaram no meio da competição, sofreu com lesões e uma campanha muito ruim em casa, mas mostrou-se forte como visitante e tem uma base sólida para o ano que vem.
– Estamos com um copo d’água na mão e podemos analisar o copo meio cheio ou meio vazio. E aí tem que analisar a expectativa que foi criada. O Botafogo contratou 22 jogadores e tinha como objetivo claro se manter na Primeira Divisão, objetivo esse alcançado com sete ou oito rodadas de antecedência. Ano que vem pode voltar a conquistar um título internacional depois de 30 anos. Condições e fôlego para ganhar uma Sul-Americana tem, pode absolutamente pensar em conquistá-la. Em resumo, a minha sugestão é que o torcedor enxergue o copo meio cheio – encerrou.
