Comentarista diz que Luís Castro foi incoerente ao deixar Botafogo e desabafa: ‘Treinador de futebol só pensa no tempo quando é a favor dele’

Comentarista diz que Luís Castro foi incoerente ao deixar Botafogo e desabafa: ‘Treinador de futebol só pensa no tempo quando é a favor dele’
Vitor Silva/Botafogo

O comentarista Maurício Noriega fez uma análise em tom de desabafo, desiludido com a decisão de Luís Castro de deixar o Botafogo no meio da temporada e aceitar a proposta do Al-Nassr. Noriega afirmou que sempre defendeu dar tempo aos treinador, mas que depois dessa situação envolvendo o Glorioso vai mudar sua forma de pensar.

– Não pago mais de trouxe como já paguei quando falei em várias ocasiões que faltou tempo para o treinador trabalhar. Isso nunca mais eu vou falar, porque eles não estão muito interessados nisso, está muito claro agora. O treinador de futebol só pensa no tempo quando é a favor dele. Quando o tempo prejudica o clube que ele vai largar por um projeto melhor, ele não está nem aí para o tempo – afirmou Noriega, durante o programa “Papo de Craque”, da Rádio Transamérica.

– Vou parar de falar “ah, que absurdo o clube mandar o treinador embora, porque tem que dar tempo para ele completar o trabalho e mostrar serviço”. Mudou totalmente agora, não tem mais absurdo nenhum, o clube pode mandar o treinador embora no dia que ele quiser e da forma como quiser, assim como o treinador tem o direito de pegar o bonezinho dele e trabalhar em outro lugar – continuou.

– A partir de agora, como analista de futebol, vou sempre achar normal um clube demitir um treinador depois de uma semana de trabalho. É um direito do clube mandar o treinador embora. Se não teve tempo para trabalhar, azar do treinador, porque lealdade é algo que no futebol não tem tradução – completou Noriega.

Maurício Noriega disse ainda Luís Castro foi incoerente. E teceu elogios às posturas de Abel Braga e de Juan Pablo Vojvoda de recusarem propostas do exterior para permanecerem nos projetos bem sucedidos de Palmeiras e Fortaleza, respectivamente.

– Mudei minha forma de avaliar o comportamento dos treinadores de futebol depois do que aconteceu com o Luís Castro. Ele pode trabalhar onde quiser, mas o que é ruim para mim é a incoerência do discurso. Há algumas semanas, ele estava apontando o dedo inquisidor dele para as opiniões diferentes, dizendo: “Vocês querem melhorar o futebol brasileiro? Falem das coisas boas!”. Uma das coisas boas do futebol brasileiro foi ter segurado o Luís Castro quando ele sofreu uma pressão absurda. Tem outras coisas boas no futebol brasileiro: o Palmeiras segurar o Abel, o Fortaleza segurar o Vojvoda, o Abel e o Vojvoda segurarem as palavras deles e continuarem trabalhando no Palmeiras e no Fortaleza… Isso sim são coisas boas – observou.

Fonte: Redação FogãoNET e Rádio Transamérica

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