Comentarista manda a real sobre fair play financeiro: ‘Se o Botafogo estivesse em oitavo lugar, discurso do presidente do Flamengo seria outro’

John Textor, do Botafogo, e Rodolfo Landim, do Flamengo
Reprodução/SporTV

Comentarista da rádio Jovem Pan, Wanderley Nogueira não embarcou nas narrativas sobre fair play financeiro no futebol brasileiro. Em debate sobre as falas do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, que alfinetou as SAFs após a derrota por goleada por 4 a 1 para o Botafogo, de John Textor, o jornalista deixou claro que não se ilude com dirigentes.

– Para falar sobre cartola, não abraço ferrenhamente o que nenhum deles expressa. Esse negócio de fair play financeiro se fala há muito tempo no Brasil. Recuando no tempo, o presidente do palmeiras era Mustafá Contursi, propôs limitação de salários a R$ 40 mil. Os outro dirigentes falaram “muito boa ideia”, mas para nós não serve. Isso foi jogado pela janela. Tenho acompanhado o trabalho do Cesar Grafietti, consultor, analista. Ele lembra que “em 2019 e 2020, dirigentes tiveram chance de desenvolver fair play financeiro no Brasil e não houve vontade de colocar em prática, reclamar hoje é mero jogo de cena”, disse ele. Depois lembra que não tem muito segredo, é evitar atrasos, reduzir dívidas e controlar a grana, assim é muito provável que se alcance bom equilíbrio financeiro. O Flamengo levou quase dez anos, Palmeiras levou três gestões para ter dívida controlável. Outros está semiajeitados. E têm aqueles em grande pindaíba – começou Wanderley Nogueira.

– Tem que ficar muito claro que ninguém é Madre Teresa de Calcutá nem Dalai Lama. Nem quem cobra nem quem reage mostrando números. O futebol brasileiro não chegou na dificuldade que tem hoje da noite para o dia, dívidas não são feitas em meses. Aqueles que cobram estavam absolutamente integrados em administrações passadas. Ninguém tem que subir em altar. Esse negócio do Flamengo, se o Botafogo estivesse em oitavo lugar o discurso do Landim seria outro, não estaria preocupado com as contas do Botafogo. Mas o Botafogo está lá incomodando o grandão do Rio de Janeiro. Precisa mostrar contas transparentes, claro que precisa. O Flamengo está falando em situação confortável com time dele ajeitado, é verdade. Mas tem que pesar a palavra casuísmo na reclamação. Quando interessa, defende. Quando não interessa, contesta – cornetou o comentarista.

A discussão ganhou repercussão esta semana após o Botafogo golear o Flamengo por 4 a 1, no último domingo, no Estádio Nilton Santos.

Fonte: Redação FogãoNET e rádio Jovem Pan

Comentários