O Botafogo vive um início de temporada complicado, com resultados ruins em campo e pressão fora dele. Além disso, há o contexto psicológico do fim de 2023. Para o comentarista Ricardo Gonzalez, do “Redação SporTV”, é natural que os jogadores se sintam pressionados.
– Não adianta pedir ponderação ao torcedor, muito menos ao torcedor do Botafogo depois do que aconteceu. A ponderação que faço no ar-condicionado é em relação ao torcedor, que acha que jogador tem que ser um robô. Eles acreditam nisso. Jogador é um ser humano. Ganha bem, tem boas condições, joga em time grande, é idolatrado quando o time vai bem, mas pode ter momentos de depressão. Tiago Nunes foi mal quando se colocou fora da problema, ele faz parte do problema. É o Botafogo do Tiago Nunes. Ao insinuar que tem jogador com medo de jogar ele está se eximindo de responsabilidade, não gosto dessa postura. Mas não fala isso para dizer que o jogador quer roubar o Botafogo, quer dizer que não estão suportando a pressão, não estão em condições de jogar. Não é que são vagabundos. Isso é compreensível, são seres humanos – declarou Ricardo Gonzalez.
Na visão do comentarista Martín Fernández, o duelo com o Aurora, na Bolívia, pela segunda fase da Libertadores, é uma chance de reverter o cenário.
– Ainda bem que é longe, alto, que não é aqui. O Botafogo precisava. Se fosse mais longe, era melhor. Em Saturno, talvez. É um jeito de o time viajar e a crise não. Se esse jogo fosse em casa, a torcida não tem mais nenhuma paciência, com razão. 2023 não acaba. Por mais que Tiago Nunes tenha se explicado depois, a frase repercutiu porque foi dita por ele, é o que significa. O Botafogo está diante de uma possibilidade de vencer o jogo, não sei se de matar o confronto, mas de voltar ao Brasil com outro clima. Ou volta com o problema resolvido ou volta mais pressionado – disse Martín.