Qual é a chance de o Botafogo pontuar contra o PSG quinta-feira (19/6), na segunda rodada do Grupo B do Super Mundial de Clubes? Para o comentarista Paulo Calçade, da “ESPN“, não há possibilidade. Ele destacou a força da equipe francesa.
– Primeiro que você pega o PSG, você tem que olhar para o adversário, o time faz uma saída de bola muito boa. Vencer o PSG ou empatar eu não acredito, eu só não posso garantir o tamanho da derrota. Primeiro que você tem que marcar a saída de bola do PSG, magistral, e o PSG é um time preparado para isso, para ser marcado, para atrair o adversário, porque é o jogo praticado pelo Luis Enrique. Hoje não (tem como o Botafogo vencer), até porque é um time que demorou para contratar treinador, demorou para começar a temporada e agora a conta vai chegar. O recibão de achar que o ano começa em março, em abril, chegou no Mundial de Clubes. Se tivesse começado lá atrás, talvez a gente tivesse discutido outra coisa, talvez – disse Paulo Calçade, que analisou o PSG.
– Mas o que é o PSG? O PSG do Luis Enrique só joga o que joga porque tem um padrão coletivo absurdo. Com Messi, Mbappé e Neymar, jamais jogaria o que joga, por quê? Porque é um time que todos correm e marcam. O Vitinha é uma sacanagem o que joga. Eu vejo o Vitinha jogar, eu lembro assim do time do Barcelona, do Guardiola, o Xavi, porque o Xavi estava em todos os lugares e sempre era opção de passe. O Vitinha ainda tem uma mobilidade provavelmente ainda maior que o Xavi e faz saída, ele triangula na esquerda, na direita, tem um movimento dentro do campo que é impossível deter o cara. Então o PSG é construído em cima desses movimentos, desta ideia de mobilidade levada às últimas consequências, que é o jogo de posição que o Guardiola pratica, que o Luis Enrique conseguiu ganhar uma Champions praticando esse jogo. Que é, você sai, se o adversário vem te marcar você comemora, porque aí você começa a levar o teu adversário para as zonas do campo que te interessam e vai minando as forças do adversário. Eles fizeram isso recentemente contra a Inter de Milão e fizeram isso também contra o Atlético de Madrid, então eu não vejo o Botafogo preparado para encarar esse tipo de jogo, que é riquíssimo, é um negócio assim espetacular, teria que ter um dia de um apagão geral no PSG, entrar com as reservas, mas não vai acontecer – acrescentou.
O comentarista citou, por fim, as goleadas do PSG sobre Inter de Milão e Atlético de Madrid para exemplificar.
– É muito fácil ficar aqui e falar “Vamos lá, é isso aí. Dá pra encarar”. Mas não é a realidade. Será uma surpresa gigantesca se o Botafogo conseguir encarar o PSG. Eu não acredito. Um time italiano e um time de Simeone não conseguiram. Então, ficou meio complicado – complementou.
