Comentarista não entende Renato Paiva escalar Patrick de Paula como meia no Botafogo: ‘Nesse momento da carreira, não é um jogador para ser o cara da armação’

Comentarista não entende Renato Paiva escalar Patrick de Paula como meia no Botafogo: ‘Nesse momento da carreira, não é um jogador para ser o cara da armação’
Vitor Silva/Botafogo

Comentarista do SporTV, Ramon Motta frisou bastante no programa “Troca de Passes” a responsabilidade dos jogadores pelo momento ruim do Botafogo. Ele, no entanto, apontou um problema do técnico Renato Paiva, que é a escalação constante de Patrick de Paula como meia, uma espécie de camisa 10 no Botafogo.

– Agora é responsabilizando o Paiva, porque ele começa a equipe dessa maneira. Eu tenho até que medir as palavras, porque a minha crítica pode ser interpretada de outra maneira, mas o Patrick de Paula, nesse momento, da carreira dele para o Botafogo, não é um jogador para ser o cara da armação. Ele pode, com o decorrer do trabalho, desse reposicionamento dele, jogar um pouco mais à frente, porque tem um chute bom. Ele próximo da área, é legal tê-lo, porque ele finaliza muito bem. Ainda mais um jogo de Libertadores, um jogo mais pegado. Um jogo em que a bola pode sobrar, ele pode limpar e finalizar, OK. Mas ele ainda não é esse jogador para ser o Savarino do ano passado. Um cara que arma, deixando o Savarino aberto, tirando o centro do campo, que para mim o Savarino é o melhor. Então, essas escolhas do Renato Paiva, eu acho que aí sim ele tem que ser cobrado, porque ele começa escolhendo esse jogador – alertou Ramon Motta.

O comentarista usou números do jogo contra o Estudiantes, pela Libertadores, principalmente após a entrada de Matheus Martins no lugar de Patrick de Paula, para embasar sua opinião.

– O Botafogo, no primeiro tempo, teve 41% de posse de bola e finalizou uma vez, no primeiro tempo, contra 12 do Estudiantes com uma posse de 59%. No segundo tempo, com uma estrutura que a gente estava acostumado a ver o ano passado e que os jogadores estão acostumados por terem jogado o ano passado, o Botafogo finaliza mais sete vezes e aumenta sua posse de bola para 57%. Ainda que o Estudiantes tenha vindo defender um pouco, ter cedido o campo naturalmente, o volume ia ser maior.
Mas só de você já adequar suas peças em locais que eles já estão acostumados, com familiaridade com a ideia, começa um pouco melhor, produz um pouco melhor. Pode muito mais, é pouco, é pouco, mas o Botafogo começa a produzir melhor. Então, essas escolhas do Renato Paiva, aí ele tem que ser cobrado – completou.

Fonte: Redação FogãoNET e SporTV

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